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'Procurador-geral da República não pode desejar ser ministro do STF', diz Aras

Política

'Procurador-geral da República não pode desejar ser ministro do STF', diz Aras

Em entrevista ao apresentador Pedro Bial, chefe do Ministério Público Federal disse que nunca aceitaria uma vaga na Suprema Corte

'Procurador-geral da República não pode desejar ser ministro do STF', diz Aras

Foto: Reprodução / TV Globo

Por: Juliana Rodrigues no dia 02 de junho de 2020 às 07:50

O procurador-geral da República, Augusto Aras, reafirmou que nunca aceitaria uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) chegou a dizer que o indicaria para uma possível cadeira de ministro. A declaração do PGR foi dada durante o programa "Conversa com Bial" exibido na madrugada de hoje (2), na Rede Globo.

"Quem quer ser procurador-geral da República não pode desejar ser ministro do Supremo Tribunal Federal. Eu sempre digo isso a todos que me conhecem", enfatizou Aras, em entrevista a Pedro Bial, e continuou: "Se isso vier a ocorrer com qualquer um, será por circunstâncias desconhecidas, porque o nosso trabalho contraria permanentemente interesses de todas as naturezas".

Na semana passada, Bolsonaro disse que poderia indicar Aras para ocupar a cadeira de ministro do STF, caso uma terceira vaga aparecesse. No dia seguinte, nas redes sociais, o presidente esclareceu que, "com todo respeito" que tem pelo procurador-geral da República, não cogita indicar seu nome para essas duas vagas.

"Cheguei ao ápice da minha carreira de procurador-geral da República e pretendo cumprir os dois anos que me foi concedido. Não faço projetos para além desses dois anos", disse o jurista baiano, afirmando que está realizado com o cargo que ocupa.

Aras ficou desconfortável com a vinculação do seu nome a uma poltrona inexistente de ministro da Suprema Corte. O procurador-geral, no entanto, disse que "respeita muito" Bolsonaro, ao ser questionado como tem lidado com as declarações do presidente: "Bolsonaro tem o jeito especial dele de ser. Eu o respeito muito, como respeito a sua forma de ser e a forma de ser de todas as pessoas, mas eu continuo fiel à Constituição e às leis do país".