Política
CCJ da Câmara aprova convite para Lewandowski e governadores falarem sobre PEC da Segurança Pública

Alinhamento com o Centrão busca construir uma base de apoio entre parlamentares no Congresso e evitar um eventual impeachment
Foto: Marcos Corrêa/PR
Para construir uma base de apoio entre parlamentares no Congresso e evitar um eventual impeachment, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) está entregando cargos no governo federal a partidos do chamado Centrão, um aglomerado de partidos adeptos do "fisiologismo", ou seja, a relação de poder político em que ações e decisões são tomadas em troca de favores.
Chefes do PP e do PL, respectivamente, Ciro Nogueira e Valdemar Costa Neto indicaram presidentes e diretores de autarquias importantes do governo federal. Ambos figuraram em escândalos recentes de corrupção, como o mensalão e a Operação Lava Jato.
O deputado Ciro Nogueira emplacou a indicação de Marcelo Lopes da Ponte, seu ex-chefe de gabinete, na presidência do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia ligada ao Ministério da Educação. Em 2019, o FNDE administrou orçamento de aproximadamente R$ 50 bilhões. Nogueira já foi alvo de ao menos duas operações da Polícia Federal e é réu no STF desde 2019, sob acusação de organização criminosa.
O deputado Valdemar Costa Neto indicou o novo presidente do Banco do Nordeste, Alexandre Borges Cabral, além de conseguir uma diretoria no FNDE e emplacou um aliado na diretoria-geral do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs). Chefe do PL, Costa Neto chegou a ser preso, em 2012, após ser condenado pelo esquema do mensalão.
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