Quem cria música na Bahia precisa reconhecer o pensamento sofisticado do ritmo africano, diz Paulo Costa Lima 

O  premiado compositor brasileiro Paulo Costa Lima afirmou, em entrevista à Rádio Metropole nesta quarta-feira (16), que a sua obra é resultado de uma fusão da cultura baiana e suas experiências de estudo nos Estados Unidos.

“Eu comecei a estudar aqui [em Salvador]. Escrevi duas teses sobre a música. Mas quando eu tinha 20 anos, eu fui estudar nos Estados Unidos e lá eu acabei encontrando um sujeito que fez minha cabeça. Eu acho que compor vem tanto dessa minha raiz baiana quanto desse sujeito. Ele ja faleceu, em Berlim, era um judeu alemão”, relembrou o músico. 

Paulo Costa Lima ocupa a 21ª cadeira da Academia Brasileira de Música. Para ele, é preciso valorizar a forte cultura presente no território baiano e transferi-la para as próximas gerações. 

“Qualque obra é o centro do mundo. Ao  compor, eu tenho esse tipo de preocupação, mas também a preocupação com o batuque, o samba da Bahia. Se alguém vai criar música na Bahia, esse alguém tem que ter responsabilidade com o reconhecimento do valor rítmico, desse pensamento sofisticado do ritmo africano que veio nos constituir enquanto cultura baiana”, afirmou Paulo Costa Lima. 

Confira a entrevista na íntegra: