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Janio de Freitas critica "desmemória" da grande imprensa: "A cada dia, você tem menos notícias"
A declaração foi feita nesta sexta-feira (24), durante o programa Três Pontos, na Rádio Metropole
Foto: Reprodução/Rádio Metropole
O jornalista Janio de Freitas criticou, nesta sexta-feira (24), a grande imprensa por ignorar temas relevantes, como os áudios do ex-assessor Fabrício Queiroz, nos quais admitia ter recebido ajuda financeira da família Bolsonaro, e a delação premiada do ex-ajudante de ordens Mauro Cid. Para Janio, o desinteresse da grande imprensa em dar relevância a episódios, com os citados, representa uma “deterioração” do jornalismo.
"Essa desmemória tem duas etapas. A partir de [19]64, com todas as barbaridades cometidas, como torturas, mortes e corrupção, se a imprensa noticiava, silenciava em seguida. Não fazendo com que se transformasse em um processo, uma investigação, em um caso de consequências. Isso se tornou um componente da maneira de fazer jornalismo”, avaliou, no programa Três Pontos, com Bob Fernandes e Mário Kertész.
Para o jornalista, a chegada da democracia não representou uma melhora no cenário da comunicação, que já havia se acomodado a se esquivar de confrontos, o que reflete na forma de fazer jornalismo atualmente. “Hoje em dia se mantém uma providência que foi tomada em 64, que foi a de cercear certas temáticas de onde provinham alguns problemas criados por opositores, que diziam coisas muito sérias, muito verdadeiras, que eram inconvenientes para ditadura”, acrescentou.
Janio de Freitas ainda argumentou que este modelo de fazer jornalismo foi repassado para o ambiente digital. “A cada dia, você tem menos notícias no noticiário, quando vai para os noticiários via internet os vícios se transferem. O mais comum é que as notícias na internet não tenham nenhuma relevância. É muito mais importante conceder espaço a Taylor Swift do que, por exemplo, o caso Queiroz ou o depoimento de [Mauro] Cid”, ponderou.
Confira o programa na íntegra:
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