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"Arte é um direito não muito pensado quando falamos em cidade", aponta diretora de documentário sobre Acervo da Laje
O acervo da Laje é um espaço cultural, de memória e de pesquisa que fica localizado no Subúrbio Ferroviário de Salvador e traz obras produzidas nessa região
Foto: Divulgação/Acervo da Laje
Com estreia marcada para o próximo domingo (17) no Cine Glauber Rocha, o documentário “Memórias do Subúrbio: O que é o Acervo da Laje?” vai representar a Bahia no Panorama Internacional Coisa de Cinema. O filme foi produzido e dirigido pelos baianos Yan Azevedo, Cecília Veras e Diana Miranda. Em entrevista à Rádio Metropole nesta quinta-feira (14), as duas criadoras falaram sobre a produção e o direito à arte.
O acervo da Laje é um espaço cultural, de memória e de pesquisa que fica localizado no Subúrbio Ferroviário de Salvador e traz obras produzidas nessa região. Diana traduz o lugar como um museu-casa-escola.
“O acervo é esse trabalho que Vilma e Zé Eduardo [fundadores do espaço] criaram na periferia. Eles decidiram criar essa casa na casa deles, para valorizar a arte que é criada no Subúrbio. Não é somente uma casa, é um museu, que eles trazem um acervo grande de obras que foram produzidas no Subúrbio e fazem atividade educativa com escolas. Eles deixam as crianças mexerem em tudo, porque arte é para ser tocada, vivida”, disse Cecília.
Segundo Diana, a ideia do documentário surgiu como parte de uma trabalha acadêmico da Universidade Federal da Bahia (Ufba), cujo enquadramento dado pelo grupo foi o acesso à arte como parte do direito à cidade.
“A arte é um direito que não é muito pensado quando a gente fala em direito à cidade. O direito de consumir a arte e o acervo tem esse papel extremamente importante aqui em Salvador, principalmente porque estamos falando do Subúrbio”, pontuou Diana.“A gente normalmente tem muitos trabalhos no Centro, ao redor do Centro. Sair desse campo daqui [é importante]”, emendou.
Para Diana, o Acervo da Laje representa justamente essa ideia de divulgar arte que “nunca foi vista e nunca teve acesso a esses lugares de visibilidade”. “A importância desse trabalho vem disso, de [romper] a diferença que não deveria existir, de alguém dizer o que é e o que não é arte”, pontuou.
O documentário dos baianos pode ser assistido no domingo, às 14h30, Cine Glauber Rocha e também na Sala Walter da Silveira, na terça-feira (19), às 16h.
Confira a entrevista na íntegra:
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