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Roberto Pinho critica ação que tenta tirar prefeitura do Palácio Thomé de Souza: "Ignorância política"
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Roberto Pinho critica ação que tenta tirar prefeitura do Palácio Thomé de Souza: "Ignorância política"
Roberto Costa Pinho concedeu entrevista à Rádio Metropole nesta segunda-feira (23)
Foto: Samanta Leite/ Metropress
O antropólogo Roberto Costa Pinho criticou, nesta segunda-feira (23), uma ação judicial que tramita na Justiça Federal pedindo a retirarada a prefeitura municipal do Palácio Thomé de Souza, construído durante a gestão de Mário Kertész em 1986, com projeto do arquiteto João da Gama Filgueiras Lima (Lelé). Em entrevista à Rádio Metropole, o antropólogo chegou a afirmar que a tentativa de mudança revela uma falta de consciência política e histórico-social de Salvador.
Segundo o Roberto Pinho, é grave o não reconhecimento da importância da manutenção da gestão municipal no Centro Histórico. “Estamos falando da primeira praça, do primeiro lugar em que o Governo Geral do Brasil se instalou em 1549. Uma cidade que se considera um patrimônio histórico relevante e que vai explorar do ponto de vista presente, econômico para o turismo cultural, não reconhecer isso é muito grave e mais grave ainda se mostrar a ignorância política”, disse.
Pinho ainda se mostrou contrário ao argumento de que o Palácio Thomé de Souza não combinaria esteticamente com o seu entorno, o Centro Histórico de Salvador. “Se a pessoa detiver o olhar, vai ver que há uma harmonia absoluta daquele prédio, que é de uma discrição tão grande, embora seja presente, porque ocupou todo o antigo cemitério de Sucupira”, pontuou.
O prédio em que é ocupado pela gestão municipal foi criado pelo arquiteto e urbanista Lelé e montado em apenas 14 dias, com uma estrutura de aço e vidro numa área de 2 mil metros quadrados. Ele significava o retorno da prefeitura à Praça Tomé de Sousa (também conhecida como Praça Municipal), depois que a sede da gestão municipal foi alocada por Antonio Carlos Magalhães (ACM) no Parque Solar Boa Vista, no Engenho Velho de Brotas, onde funcionou entre 1983 e 1985.
Confira a entrevista na íntegra:
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