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É memória e resistência da cidade, diz arquiteto José Fernando Minho sobre Palácio Thomé de Souza

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É memória e resistência da cidade, diz arquiteto José Fernando Minho sobre Palácio Thomé de Souza

O programa Na Linha reuniu especialistas para contextualizar os processos de transformação do espaço e a possível saída da Prefeitura de Salvador do Palácio após ação do Ministério Público Federal 

É memória e resistência da cidade, diz arquiteto José Fernando Minho sobre Palácio Thomé de Souza

Foto: Fernanda Vilas Boas/Metropress

Por: Metro1 no dia 24 de setembro de 2024 às 14:07

Atualizado: no dia 24 de setembro de 2024 às 14:46

O Palácio Thomé de Souza é um símbolo de resistência do Centro Histórico de Salvador. Quem apontou isso foi o professor da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia (UFBA), José Fernando Minho, ao destacar a representação do prédio no processo de retorno da prefeitura de Salvador para a primeira Praça dos Três Poderes do Brasil. No programa Na Linha desta terça-feira (24), ele relembrou, junto com o antropólogo Roberto Pinho, o também arquiteto Marcelo Ferraz e Mário Kertész, a construção do Palácio e a história posterior a ele, quando, por decisão de Antonio Carlos Magalhães (ACM), a sede da gestão municipal foi levada para o Solar Boa Vista, no Engenho Velho de Brotas.

“Essa questão da memória da cidade é importante. O prédio faz parte dessa memória dentro de uma época em que vocês pensavam na transformação da cidade. E tem um simbolismo muito importante, que é o simbolismo da resistência de estar no Centro da cidade. Se a prefeitura tivesse saído do Centro, quem sabe o que seria do Centro hoje”, disse o professor de arquitetura. 

Minho ainda comentou a construção do Palácio em 1986, durante a gestão do então prefeito Mário Kertész. O projeto do renomado arquiteto e urbanista João Filgueiras Lima, popularmente chamado por Lelé, foi erguido com uma estrutura de aço e vidro numa área de 2 mil metros quadrados. A construção foi necessária após o então governador  ACM exigir a saída da prefeitura do local. 

“Então ele [Lelé] realmente pensou num projeto pré-fabricado em aço, que foi desenhado e produzido 40 dias antes. E foi pensado em montar assim 12 dias, e por erro de locação a gente perdeu 12 dias e foi feito em 14. Então é um prédio que tem essa qualidade e que está corretamente colocado no seu lugar. Eu não vejo outra possibilidade a não ser aquela mesma. Aquela é o seu lugar”, concluiu.

Veja o programa completo: