"Há um outro Neojiba do lado de fora esperando para entrar", diz maestro Ricardo Castro

O Maestro Ricardo Castro, diretor do Neojiba (Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia), afirmou, em entrevista à Rádio Metrópole nesta terça-feira (6), que a instituição enfrenta uma enorme fila de espera de candidatos para ingressar nos seus programas. 

Segundo Castro, mais de 2.900 jovens fazem parte do Neojiba, mas a demanda é ainda maior, com um número superior de pessoas que aguardam vagas. Ele pontuou que, devido a essa demanda reprimida, há um "outro Neojiba do lado de fora esperando para entrar".

Em sua entrevista, o Maestro também comemorou os 18 anos de existência do Neojiba, mas lamentou que a pandemia tenha impactado o crescimento do programa. "Infelizmente, a pandemia deu uma freada no crescimento, esperando uma expectativa do governo atual poder aumentar o número de núcleos", afirmou Castro, explicando que a ampliação depende diretamente do apoio governamental.

Sobre o futuro do programa, Ricardo Castro enfatizou que o tamanho do programa depende do governo do estado. "Se quiser, estamos prontos para aumentar o Neojiba. É uma questão de recursos, responsabilidade fiscal, sabemos que tudo é feito da melhor maneira possível, mas no nosso planejamento estratégico, a gente deveria estar nos 10 territórios de identidade e desde a pandemia a gente teve que frear", explicou. 

Turnê internacional

Em sua nona turnê internacional, a orquestra jovem baiana esgotou os ingressos para sua apresentação em Hamburgo, na Alemanha, marcada para o dia 22 de maio. Na abertura da turnê, a orquestra apresenta o prelúdio “Alvorada”, da ópera Lo Schiavo, do compositor brasileiro Carlos Gomes. A peça retrata o amor entre um escravo e o filho de um fazendeiro no período romântico.

"Eu não conheço nenhuma outra instituição que em 17 anos tenha feito nove turnês internacionais, nem mesmo do porte que nós fazemos na Europa", pontuou ainda durante entrevista ao Jornal da Bahia no Ar.

Criada em 2007, o Neojiba (Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia) reúne músicos com idades entre 13 e 27 anos. Inspirado no programa venezuelano “El Sistema”, o projeto combina formação musical com ações de integração social.

Confira a entrevista na íntegra: