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A luta dos baianos contra os holandeses foi historicamente subestimada, diz escritor
Escritor e pesquisador concedeu entrevista à Rádio Metropole nesta sexta-feira (16)
Foto: Metropress/Fernanda Vilas
O pesquisador Artur Watt revelou que registros mostram que os baianos tiveram papel decisivo na resistência contra os holandeses em 1625, ao impedir o avanço deles antes da chegada das forças luso-espanholas. Em entrevista ao Jornal da Bahia no Ar, nesta sexta-feira (16), ele contou que defensivos da cidade, como os fortes de Santo Antônio da Barra e São Bartolomeu, já estavam tomados, deixando Salvador vulnerável e cercada.
"A luta dos baianos foi historicamente subestimada. Se não fosse pela resistência e ação deles, as tropas luso-espanholas não teriam conseguido reconquistar Salvador em apenas 30 dias. Quando essas tropas chegaram, os baianos já haviam tomado importantes posições estratégicas, como o Forte de Santo Antônio da Barra, o Forte de São Bartolomeu e o Forte de São Felipe. Salvador já estava cercada e encurralada entre os muros — os holandeses estavam praticamente sitiados", contou.
Watt também abordou os combates de 1647 em Itaparica em uma nova ofensiva holandesa. “Morreu mais gente do que o Brasil perdeu na Segunda Guerra Mundial”, afirmou. Segundo ele, o silêncio sobre o massacre se deve ao impacto negativo que a notícia teria na Europa. “A historiografia apagou esse episódio. Um dia de história não tem. Não há um documento português falando disso”, concluiu.
Artur Watt e Pablo Magalhães, também pesquisador e escritor, lançam dois livros: "1964: Documentos inéditos sobre a invasão da Bahia" e "Batalha pelo Brasil", escritos com base em descobertas feitas a partir da análise de 19 documentos, localizados na Biblioteca Nacional da França, que ajudam a reconstituir com mais precisão os eventos da invasão e reconquista.
Confira a entrevista completa:
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