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Edvaldo Brito analisa impacto do IOF e critica sistema tributário brasileiro: "O povo é quem paga"

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Edvaldo Brito analisa impacto do IOF e critica sistema tributário brasileiro: "O povo é quem paga"

Edvaldo Brito concedeu entrevista ao Jornal da Cidade desta segunda-feira (30)

Edvaldo Brito analisa impacto do IOF e critica sistema tributário brasileiro: "O povo é quem paga"

Foto: Metropress

Por: Metro1 no dia 30 de junho de 2025 às 19:02

Atualizado: no dia 30 de junho de 2025 às 19:05

O Brasil vivencia um debate sobre a reforma tributária. Durante entrevista ao programa Jornal da Cidade nesta segunda-feira (30), o advogado e professor Edvaldo Brito destaca pontos críticos e a complexidade do sistema tributário brasileiro. 

O jurista abordou o impacto do IOF, explicando que ele é um imposto direto, cobrado de quem realiza operações específicas, como crédito, câmbio, seguros e investimentos em valores imobiliários. “Só paga o IOF quem faz essas operações. Quem não entra nesse tipo de transação não tem que pagar esse imposto”, afirmou, esclarecendo a confusão comum sobre a natureza do IOF.

Em tom mais crítico, ele destacou a realidade das classes populares "O imposto está no consumo, e isso afeta o bolso do trabalhador", afirmou o advogado, enfatizando a regulação fiscal que atinge principalmente os mais pobres.

A proposta de reforma tributária, que busca a unificação de diversos tributos sob a figura do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), foi um dos pontos de crítica do especialista. Para ele, embora a proposta pareça um avanço, ela pode não trazer a redução da carga tributária prometida. "A reforma disse que seria do consumo, mas, na verdade, ela é apenas uma reorganização dos tributos. Não há uma redução da carga tributária, o que pode ser um grande erro. O povo brasileiro, principalmente o mais pobre, é quem paga mais imposto no final das contas”, afirmou.

Edvaldo Brito também criticou a rapidez com que a proposta do governo foi vetada. "Aí vem o governo e manda uma reforma para o Congresso, o Congresso vota uma reforma, que o próprio Congresso não sabe que reforma votou, porque uma reforma é que chega às 2 horas da manhã, e às 3 horas da manhã, no mesmo dia, está votada. Com 500 artigos, eu morro dizendo que ninguém leu." finalizou. 

Confira a entrevista completa: