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“A obra de Manuel Querino combate o racismo científico”, alega pesquisadora Maria das Graças Leal
Escrito exalta trajetória de intelectual baiano pouco reconhecido na academia
Foto: Metropress
Nascido em 1851, em Santo Amaro da Purificação, no Recôncavo Baiano, Manuel Querino atuou como jornalista, educador e professor da Academia de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Ele também fez parte da fundação do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB) e integrou a Irmandade da Igreja do Rosário dos Pretos. Durante o programa Jornal da Cidade desta terça-feira (6), a professora e pesquisadora Maria das Graças de Andrade Leal destacou a importância de ressaltar o brilhantismo deste que é considerado o primeiro intelectual negro do Brasil a partir de seu livro lançado recentemente pela Sagga Editora: “Manuel R. Querino – Trajetória de um Afro-baiano nas Letras e Lutas”.
“Manoel Querino conquista seus espaços através da interpretação de uma Bahia que não valorizava os trabalhadores. Ele passa a reivindicar o lugar de cidadania dos trabalhadores artesãos e artistas como profissionais competentes que mereciam a atenção dos governantes”, comenta a autora.
Segundo ela, há razões históricas que levam a Querino não ser amplamente reconhecido como um intelectual de relevância. “No início da República ele começa a analisar a história da Bahia e do Brasil a partir do ponto de vista negro, do africano como colonizador e civilizador, em um ambiente que era fortemente racialista e classista. Assim, ele vai de encontro ao racismo científico, que dizia que o africano e seus descendentes eram incapazes de produzir civilização. A obra dele é uma resposta a essa tese”, argumentou.
Confira a entrevista completa:
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