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Sergio Augusto relembra Jaguar: o cartunista que revolucionou a imprensa brasileira

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Sergio Augusto relembra Jaguar: o cartunista que revolucionou a imprensa brasileira

Jornalista concedeu entrevista à Rádio Metropole nesta terça-feira (26)

Sergio Augusto relembra Jaguar: o cartunista que revolucionou a imprensa brasileira

Foto: Reprodução

Por: Metro1 no dia 26 de agosto de 2025 às 10:44

Atualizado: no dia 26 de agosto de 2025 às 11:21

O jornalista e escritor Sergio Augusto destacou a importância do cartunista Jaguar na história da imprensa alternativa brasileira. Em entrevista ao Jornal da Bahia no Ar, nesta terça-feira (26), ele relembrou momentos marcantes da carreira do artista, que faleceu no último domingo (24), no Rio de Janeiro.

“O Jaguar foi dos desenhistas e caricaturistas daquele tempo, foi o primeiro que eu conheci, dos grandes. Eu conheci dois anos antes de conhecer Ziraldo e Milor, por exemplo. ”, afirmou Sergio. Segundo ele, Jaguar protagonizou momentos que acabaram se tornando marcos na imprensa brasileira.

Uma delas, foi a primeira entrevista do jornal O Pasquim, Jaguar entrevistou o colunista social Ibraím Sued, e esse episódio marcou o início de uma abordagem irreverente e revolucionária na imprensa. "Quando chegou a hora de editar a entrevista, deram para o Jaguar. Ele pegou a fita, transcreveu e mandou para a gráfica assim mesmo. Disseram que ele precisava editar e ele pode ter tirado uma coisinha ou outra, mas enviou para a gráfica assim mesmo", contou.

Sergio completa contando que a entrevista saiu e foi algo revolucionário. "E saiu aquela entrevista que deixou todo mundo espantado, mas tida como algo revolucionário. Tinham várias pessoas inteligentes em cima do entrevistado, e depois, naquela linguagem que não era arrumadinha. Não é que não tivesse correção, mas era uma linguagem fora dos preceitos clássicos de edição jornalística", concluiu. 

Para Sergio Augusto, o impacto de Jaguar foi além do humor. “Ele virou um símbolo para os leitores, uma figura que representava a liberdade criativa. Mesmo com censura, ameaças de bomba e repressão, a redação do Pasquim era nosso recreio. Foi uma válvula de escape não só pra nós, mas pro Brasil inteiro”, finalizou.

Confira a entrevista na íntegra: