Mário Kertész comenta causa do rompimento com ACM: "Ele fez todo tipo de sacanagem"

Em entrevista à TVE, exibida nesta segunda-feira (20), Mário Kertész relembrou os bastidores do rompimento com Antônio Carlos Magalhães. Na conversa com o jornalista Bob Fernandes, MK contou que ACM, então governador que havia o indicado como prefeito biônico, começou a enxergá-lo como rival.

Os bastidores desse rompimento e de outras histórias estão detalhados na autobiografia de Mário Kertész, “Riso — Choro (e tudo mais que vem no meio)".

“Tem gente que até hoje associa [o rompimento] ao quebra-quebra [de ônibus - protestos de 1981 após o reajuste dos preços das passagens]. Quando isso aconteceu, ACM tratou muito mal essa questão, mas isso começa um pouco antes”, explicou MK.

Ele relatou que o afastamento começou ainda em seu mandato como prefeito biônico, em 1979, quando ACM passou a vê-lo como potencial rival político. “Muita gente em volta dele dizia: ‘Mário vai crescer muito’. E ele começou a criar problema pra mim, inclusive bloqueando recursos federais que vinham para a prefeitura”, contou.

Segundo MK, o rompimento definitivo ocorreu após discordâncias sobre o apoio à candidatura de Clériston Andrade ao governo da Bahia. “Eu disse a ele: não vou apoiar Clériston. Vim aqui esperar o senhor cumprir o que botou no jornal e me demitir. Foram sete anos de briga, e ele fez todo tipo de sacanagem que você possa imaginar”, concluiu.

Além de ter sido exibido na segunda-feira na emissora e no Youtube, o programa com Bob Fernandes e Mário Kertész será ainda reprisado no domingo (26), às 21h30.