Rádio Metropole
Ginecologista alerta para necessidade do controle de peso por pacientes com Síndrome do Ovário Policístico

Home
/
Notícias
/
Rádio Metropole
/
MK Entrevista: Sergio Gabrielli aponta estratégias para o futuro energético da Bahia
Economista e ex-presidente da Petrobras é o convidado do MK entrevista nesta terça-feira (2)

Foto: Metropress
O ex-presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, afirmou que a Bahia possui condições privilegiadas para avançar com força na transição energética, desde que sejam adotadas políticas que aproximem o consumo dos locais de geração. Em entrevista ao MK Entrevista, nesta terça-feira (2), ele explicou que o futuro energético exige novas estratégias diante da intermitência natural das fontes solar e eólica.
"Você pode ter uma política de estímulo ao consumo intensivo em energia que tem que ser local, tem que ser próximo da geração. Isso é o que se chama, para usar um termo técnico sofisticado, near-shoring. Near-shoring é exatamente você fazer o consumo próximo da geração. E esse, me parece, é o caminho que nós temos que caminhar na Bahia", afirmou.
Para Gabrielli, o estado reúne características únicas para liderar esse processo. “A Bahia tem condições de gerar energia solar e eólica. A região do São Francisco tem ventos unidirecionais e relativamente constantes, e um aerogerador do São Francisco tem capacidade de aumentar a produtividade em 40% comparado com esse mesmo aerogerador em outros lugares. Isso faz com que o custo de produção de energia caia.”
Ele ainda apontou a necessidade de revitalizar setores industriais estratégicos. “Estamos há nove anos com a unidade produtora de metanol parada. Importamos 100% do metanol na Bahia. O metanol pode ser produzido com hidrogênio, e você, portanto, tem condições de aumentar a intensidade do uso de hidrogênio e fazer um polo de geração verde na Bahia.”
Gabrielli demonstrou ceticismo em relação à ideia de que datacenters possam ser a principal saída para o desenvolvimento regional. “A saída não vai ser pelo datacenter, porque ele é intensivo em energia e água, mas não cria novas atividades no entorno. O efeito multiplicador de um datacenter é muito pequeno”, explicou. Para ele, a combinação entre energia renovável, uso estratégico do hidrogênio e fortalecimento da indústria eletrointensiva representa o caminho mais sólido para o futuro econômico da Bahia.
Confira a entrevista completa:
📲 Clique aqui para fazer parte do novo canal da Metropole no WhatsApp.