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MK Entrevista: Sergio Gabrielli aponta estratégias para o futuro energético da Bahia

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MK Entrevista: Sergio Gabrielli aponta estratégias para o futuro energético da Bahia

Economista e ex-presidente da Petrobras é o convidado do MK entrevista nesta terça-feira (2)

MK Entrevista: Sergio Gabrielli aponta estratégias para o futuro energético da Bahia

Foto: Metropress

Por: Metro1 no dia 02 de dezembro de 2025 às 19:01

Atualizado: no dia 02 de dezembro de 2025 às 19:02

O ex-presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, afirmou que a Bahia possui condições privilegiadas para avançar com força na transição energética, desde que sejam adotadas políticas que aproximem o consumo dos locais de geração. Em entrevista ao MK Entrevista, nesta terça-feira (2), ele explicou que o futuro energético exige novas estratégias diante da intermitência natural das fontes solar e eólica.

"Você pode ter uma política de estímulo ao consumo intensivo em energia que tem que ser local, tem que ser próximo da geração. Isso é o que se chama, para usar um termo técnico sofisticado, near-shoring. Near-shoring é exatamente você fazer o consumo próximo da geração. E esse, me parece, é o caminho que nós temos que caminhar na Bahia", afirmou.

Para Gabrielli, o estado reúne características únicas para liderar esse processo. “A Bahia tem condições de gerar energia solar e eólica. A região do São Francisco tem ventos unidirecionais e relativamente constantes, e um aerogerador do São Francisco tem capacidade de aumentar a produtividade em 40% comparado com esse mesmo aerogerador em outros lugares. Isso faz com que o custo de produção de energia caia.”

Ele ainda apontou a necessidade de revitalizar setores industriais estratégicos. “Estamos há nove anos com a unidade produtora de metanol parada. Importamos 100% do metanol na Bahia. O metanol pode ser produzido com hidrogênio, e você, portanto, tem condições de aumentar a intensidade do uso de hidrogênio e fazer um polo de geração verde na Bahia.”

Gabrielli demonstrou ceticismo em relação à ideia de que datacenters possam ser a principal saída para o desenvolvimento regional. “A saída não vai ser pelo datacenter, porque ele é intensivo em energia e água, mas não cria novas atividades no entorno. O efeito multiplicador de um datacenter é muito pequeno”, explicou. Para ele, a combinação entre energia renovável, uso estratégico do hidrogênio e fortalecimento da indústria eletrointensiva representa o caminho mais sólido para o futuro econômico da Bahia.

Confira a entrevista completa: