
Rádio Metropole
Geração Z está desiludida com campanhas políticas, diz João Santana
O profissional reforça o papel das redes sociais nas campanhas eleitorais

Foto: Youtube
O publicitário, estrategista e criativo de marketing político e eleitoral João Santana apresentou um novo modelo de campanha baseado no ambiente digital e no uso de inteligência artificial. Durante participação no programa Jornal da Bahia no Ar, nesta sexta-feira (19), ele explicou que a proposta, chamada de modelo CIP, parte da constatação de que a comunicação política contemporânea acontece majoritariamente nas plataformas digitais. “Nós estamos desenvolvendo um modelo novo de fazer campanha, o modelo CIP. Ele parte de uma conclusão lógica: a essência da comunicação política hoje, no mundo e no Brasil, ocorre dentro do digital”, afirmou.
Segundo João Santana, a ideia é transportar todas as ferramentas tradicionais de campanha para o ambiente virtual, aliando tecnologia e inovação.
O estrategista também comentou o cenário político atual e o crescente desconforto da população com o Legislativo. “Nós estamos sentindo que está crescendo um movimento, principalmente nos centros urbanos, de crítica e profundo desconforto com algumas atitudes do Congresso Nacional”, avaliou.
João Santana destacou que o sistema eleitoral brasileiro é extremamente paradoxal e excludente. "Ele é feito para barrar o surgimento de novas tendências políticas. Teoricamente era para preservar as instituições e fortalecer os partidos, mas no fundo, é extremamente elitista e gerou coisas como o fundo eleitoral. Isso impede a renovação e o avanço institucional. Nós vivemos uma falência, o Brasil produz poucas ideias novas e esse novo modelo pode ajudar nisso", afirmou.
Ao abordar o comportamento da juventude, o estrategista destacou a frustração da geração Z com os modelos tradicionais de campanha e com a política em geral. “A geração Z está profundamente desiludida com as campanhas também por causa da falência dos modelos políticos e econômicos ocidentais”, afirmou. Segundo ele, quando esse público se engaja, tende a migrar para posições mais ao centro ou à direita. “Se perdeu a oportunidade de estimular o debate na juventude. Os artistas também se omitiram terrivelmente”, concluiu.
Confira a entrevista completa:
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