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Sábado, 23 de março de 2024

Saúde

Secretário critica cronograma de vacinação do governo federal

De acordo com Prates, Salvador vive risco de colapso no sistema de saúde nesta semana

Secretário critica cronograma de vacinação do governo federal

Foto: Metropress

Por: Matheus Simoni no dia 02 de março de 2021 às 08:25


O secretário municipal de Saúde, Léo Prates, avaliou a situação de pré-colapso do sistema de saúde de Salvador e a crise provocada pela pandemia do coronavírus. "É uma situação que nunca vivemos na pandemia. Acordamos com 96 pessoas solicitando regulação nas UPAs e 54 em UTI. Eu diria que o sistema de saúde caminha a passos largos para colapsar", afirmou o gestor, em entrevista a Mário Kertész hoje (2), durante o Jornal da Bahia no Ar da Rádio Metrópole. Ainda segundo Prates, o alto índice de casos é evidenciado pela circulação de novas variantes do coronavírus. O risco de colapso, de acordo com o secretário, é cada vez mais evidente nesta segunda onda. 

"Nós tivemos a confirmação através da Sesab dessas três cepas: a peruana, a que está sendo chamada de 'Brasil' e a do Reino Unido. Apesar de termos dados epidemiológicos que não são bons nesse momento, não são nada parecidos com o auge da primeira onda. Estamos numa situação no sistema de saúde muito pior que a primeira onda. Nós nunca tivemos risco de colapso na primeira onda, mas hoje temos, especialmente nas UPAs", afirmou.

Léo Prates também criticou a falta de um cronograma de chegada das vacinas contra a Covid-19 após repasse do governo federal. Segundo o gestor, os imunizantes se esgotam rápido em função do esquema de vacinação do município. A previsão mais recente para a chegada de novas vacinas é para esta quarta-feira (3).

"Não tem cronograma. É uma semana para outra, um dia de cada vez. Tenho sempre comparado time de vacinação com um time de futebol. Na quinta-feira tivemos pela primeira vez problema na vacinação. Tivemos problema na USF de San Martin e no Centro de Convenções. Rapidamente nós agimos e conseguimos com o secretário Marcelo Oliveira uma escola ao lado da unidade da San Martin e criamos uma sala de vacina. No Centro de Convenções, criamos um centro de vacinação na Jorge Amado e conseguimos dividir o público, melhorando o sistema. No domingo já estava funcionando muito melhor", disse o chefe da pasta.