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Mastologista defende que pacientes oncológicos devem ser prioridade na vacinação contra Covid-19

Saúde

Mastologista defende que pacientes oncológicos devem ser prioridade na vacinação contra Covid-19

Em entrevista à Rádio Metrópole, Augusto Tufi Hassan elencou os impactos da pandemia nos tratamentos do câncer

Mastologista defende que pacientes oncológicos devem ser prioridade na vacinação contra Covid-19

Foto: Metropress

Por: Juliana Rodrigues no dia 04 de março de 2021 às 12:53

O mastologista e diretor do grupo CAM, Augusto Tufi Hassan, falou hoje (4), em entrevista a Mário Kertész, no Jornal da Metrópole no Ar, da Rádio Metrópole, sobre a campanha da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), que busca incluir pacientes oncológicos entre os grupos prioritários para a vacinação contra a Covid-19. Segundo ele, a pandemia impacta fortemente o tratamento dos portadores de câncer.

"A pandemia está representando um impacto muito significativo nos pacientes portadores de câncer de mama. Para você ter uma ideia, no ano passado, 75% dessas pacientes deixaram de comparecer aos seus tratamentos, em comparação a 2019. Na época do auge, entre abril e maio, houve uma fuga dessas pacientes, uma dificuldade dessas pacientes e um medo do transporte, um medo de entrar em unidades de saúde", explicou.

Tufi Hassan avalia que a baixa procura pelos serviços de saúde, causada pela pandemia de Covid-19, pode refletir em um aumento de cânceres agressivos. "No ano passado, o Instituto Nacional do Câncer fez uma projeção de 66 mil novos casos de câncer de mama no Brasil. O que observamos? Nos ambulatórios, principalmente para se fazer mamografia, houve uma queda em torno de 45% dessas pacientes. Isso vai refletir lá adiante, porque vamos deixar de fazer o diagnóstico precoce, no qual as chances de cura, de tratamento menos oneroso para o estado e a rede conveniada, seriam muito menores. Infelizmente, essas pacientes, com medo, e é lógico que a gente respeita isso, os lockdowns, a diminuição de transporte coletivo, tudo isso está intereferindo. Isso vai representar cânceres mais avançados, com chances de mortalidade muito maiores", pontuou.