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Brasil volta a lista de países com mais crianças não vacinadas, diz OMS

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Brasil volta a lista de países com mais crianças não vacinadas, diz OMS

País tinha deixado a lista em 2023, mas retornou neste ano com o total de 229 mil crianças não imunizadas contra difteria, tétano e coqueluche

Brasil volta a lista de países com mais crianças não vacinadas, diz OMS

Foto: Freepik

Por: Metro1 no dia 17 de julho de 2025 às 16:43

O Brasil voltou para a lista de países com mais crianças não vacinadas no mundo, de acordo com levantamento feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), divulgado na segunda-feira (14). O dado considera o número de crianças que não receberam a primeira dose da vacina tríplice bacteriana (DTP), que protege contra difteria, tétano e coqueluche. O cenário nacional era de 103 mil crianças não vacinadas, em 2023, e passou para 229 mil, em 2024.

O país havia deixado a lista em 2023, com o avanço nas imunizações. Mas, um ano depois, voltou a ocupar um posto entre as 20 nações com mais crianças não vacinadas no mundo, aparecendo na 17° posição no ranking.  Mundialmente, nove países concentram mais da metade das crianças sem imunização: Nigéria, Índia, Sudão, República Democrática do Congo, Etiópia, Indonésia, Iêmen, Afeganistão e Angola. O Brasil também figura atrás de países como Mianmar, Costa do Marfim e Camarões.

O relatório também mostrou preocupações com outras vacinas. A imunização contra o HPV, por exemplo, chegou a 31% entre adolescentes do mundo em 2024, ainda distante da meta de 90% estabelecida para 2030. Para o sarampo, a cobertura vacinal global subiu de 83% para 84% na primeira dose e de 74% para 76% na segunda, mas segue abaixo dos níveis pré-pandemia.

Segundo o Unicef e a OMS, as principais causas para que tantas crianças permaneçam sem vacinação incluem dificuldade de acesso aos serviços de saúde, interrupções no fornecimento, conflitos, instabilidade e desinformação sobre vacinas. Cortes severos na ajuda internacional também estão ampliando as lacunas na cobertura vacinal, colocando milhões de crianças em risco, diz o relatório.