
Saúde
Ministério da Saúde implementa triagem obrigatória para autismo na primeira infância
Nova linha de cuidado prevê diagnóstico e intervenções precoces em crianças entre 16 e 30 meses no SUS

Foto: Walterson Rosa/MS
O Ministério da Saúde lançou, nesta quinta-feira (19), uma nova linha de cuidado para o Transtorno do Espectro Autista (TEA), que inclui a aplicação obrigatória do teste M-Chat em todas as crianças de 16 a 30 meses durante a rotina de avaliação do desenvolvimento na atenção primária. A medida visa identificar sinais precoces de autismo para iniciar intervenções e estímulos mesmo antes do diagnóstico formal, com foco na autonomia e inclusão social da criança.
Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, essa é a primeira vez que o ministério define uma linha de cuidado estruturada para o TEA, com ênfase na detecção e tratamento precoce. O questionário M-Chat estará disponível na Caderneta Digital da Criança e no prontuário eletrônico E-SUS. O Guia de Intervenção Precoce, com orientações terapêuticas, também será atualizado e submetido à consulta pública.
A nova diretriz inclui ainda a ampliação do Projeto Terapêutico Singular (PTS), que prevê planos de tratamento individualizados elaborados entre profissionais de saúde e familiares. A rede do SUS também será orientada sobre o fluxo de encaminhamento de pacientes entre centros de reabilitação e serviços de saúde mental, considerando que cerca de 71% das pessoas com TEA no Brasil têm outras deficiências associadas, conforme dados do IBGE.
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