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Governo lança projeto de educação sexual para usuários de aplicativo gay

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Governo lança projeto de educação sexual para usuários de aplicativo gay

O Ministério da Saúde fez o lançamento do projeto Close Certo, uma ação de educação sexual conjunta aos usuários do aplicativo Hornet, nesta sexta-feira (20). [Leia mais...]

Governo lança projeto de educação sexual para usuários de aplicativo gay

Foto: Elza Fiuza/Agência Brasil

Por: Luiza Leão no dia 29 de julho de 2016 às 15:42

O Ministério da Saúde fez o lançamento do projeto Close Certo, uma ação de educação sexual conjunta aos usuários do aplicativo Hornet, nesta sexta-feira (20).  Através da plataforma online, durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, serão divulgadas informações sobre prevenção, teste e tratamento junto aos jovens homossexuais, um dos grupos considerados vulneráveis à epidemia de HIV/aids e outras infecções sexualmente transmissíveis.

Durante os dias 1 e 18 de agosto, o aplicativo irá enviar quatro mensagens inbox a todos os usuários, informando sobre a ação e o conteúdo produzido pelo Ministério da Saúde. A rede social tem mais de 1 milhão de usuários no Brasil. 18 jovens promotores de saúde, sendo três tutores e 15 colaboradores, que estarão com seus perfis sinalizados através de um laço azul, indicarão aos demais usuários do aplicativo que eles são voluntários participantes do Close Certo. Esses promotores poderão tirar dúvidas e compartilhar informações sobre prevenção e o tratamento do HIV/aids e outras infecções sexualmente transmissíveis.

“A gente reforça a importância dessa iniciativa pela necessidade de ter uma abordagem criativa e inovadora em relação a uma população jovem, que nós sabemos que no mundo hoje é uma população mais vulnerável ao HIV”, defendeu o secretário de Vigilância em Saúde substituto, Alexandre Santos.

Segundo o Ministério da Saúde, 827 mil brasileiros são portadores do HIV/aids, e quase 12 mil pessoas foram vítimas da doença nos últimos cinco anos. Desde 2006, a epidemia de aids tem avançado entre os jovens. Em 2004, a taxa de detecção na faixa de 15 a 24 anos foi de 9,5 diagnósticos a cada 100 mil habitantes, sendo 3.419 casos notificados. Em 2014, a taxa de detecção foi de 13,4 casos por 100 mil habitantes.

"Os jovens não viram o início da epidemia. Temos 30 anos de epidemia, e esses jovens que hoje estão se infectando, na faixa de 15 a 24 anos, não viram o que as pessoas mais velhas presenciaram, que era a morte de amigos, de cantores, de personagens importantes daquela época. O tratamento e a evolução dessa terapia fez com que a aids não tivesse mais aquele aspecto que tinha no início. No começo, o resultado positivo [da doença] era dizer que a pessoa iria morrer. Hoje, a gente fala que a aids é uma doença crônica, e que você vai tomar pelo resto da sua vida um comprimido. Isso faz com que as pessoas minimizem o temor da doença", explicou a diretora do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Adele Benzaken.