Faça parte do canal da Metropole no WhatsApp >>

Terça-feira, 23 de abril de 2024

Home

/

Notícias

/

Saúde

/

Badaró elogia postura de Rui e ACM Neto e cobra discussão de plano de recuperação econômica

Saúde

Badaró elogia postura de Rui e ACM Neto e cobra discussão de plano de recuperação econômica

Infectologista afirma que taxas de letalidade de Salvador e da Bahia ainda são baixas por conta das iniciativas das autoridades

Badaró elogia postura de Rui e ACM Neto e cobra discussão de plano de recuperação econômica

Foto: Matheus Simoni/Metropress

Por: Matheus Simoni no dia 21 de maio de 2020 às 08:08

O médico infectologista Roberto Badaró comentou as iniciativas do governador da Bahia, Rui Costa,  e do prefeito de Salvador, ACM Neto, no combate ao coronavírus no estado e no município. Mesmo em partidos diferentes (PT e DEM, respectivamente), os chefes do Poder Executivo são destaque na imprensa nacional por conta do trabalho conjunto para conter o avanço da doença.

"Os dois deixaram de lado e estão trabalhando juntos. Estou abrindo até 80 leitos de UTI para servir especificamente à cidade de Salvador. Não vai ter falta de leitos, não teremos falta. É para não deixarmos as UPAs lotadas de pacientes prestes a serem entubados, além de outras ações que ambos estão fazendo para não deixar ter essa crise", disse Badaró, em entrevista a Mário Kertész na Rádio Metrópole, na manhã de hoje (21). 

Ainda segundo o especialista, mesmo com as medidas sanitárias, é necessário iniciar um debate por um plano de recuperação da economia. "A pandemia econômica ameaça superar a maior taxa de desemprego do país. Jogou fora todo plano de recuperação com a reforma da previdência e onde o governo vai achar dinheiro para retornar a estabilidade econômica? É uma crise imensa e que a gente precisa saber que uma crise está no presente, que é a sanitária, e a econômica vai vir mais tarde, com uma consequência de doenças e mortalidades talvez quatro ou cinco vezes maior que a sanitária", declarou Badaró.

"Se pensarmos um pouco, a grande maioria das pessoas não têm como fazer confinamento e têm que sair para trabalhar e ter o que comer de tarde. Nós privilegiados temos que enfrentar a crise com essa estratégia simples, dura, mas com eficácia, que é se afastar do ambiente de contaminação. Mas e a maioria da população? Não dá para jogar de um lado só", afirmou.