De professor a criminoso, serie ‘Breaking Bad’ mostra como uma situação inesperada pode levar um homem a cruzar os limites da lei

E se um dos rostos mais conhecidos da comédia se tornasse o anti-herói mais impactante da televisão? Antes de se transformar em Walter White, professor de química frustrado e, depois, homem das sombras, em Breaking Bad, Bryan Cranston era lembrado principalmente por papéis cômicos, como o pai atrapalhado de Malcolm. 

Aqui, ele entrega uma atuação completamente oposta, interpretando um traficante de metanfetamina, capaz de transmitir frieza, meticulosidade e, ao mesmo tempo, algo profundamente humano. Seu olhar, inicialmente pacato, vai ganhando uma escuridão perturbadora ao longo dos episódios.

Criada por Vince Gilligan e transmitida na televisão de 2008 até 2013, a série impressiona pela direção precisa, narrativa tensa e uma estética árida, onde cada cena carrega um peso quase silencioso. A evolução do protagonista acontece aos poucos, em decisões cada vez mais irreversíveis.

Disponível na Netflix, a obra vai muito além de uma história sobre drogas: é um mergulho nas zonas cinzentas da moral, uma queda hipnotizante e inesquecível.