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Série ‘O Estúdio’ satiriza Hollywood em um misto de charme ácido e afeto cinematográfico em tempos de crise criativa

Série ‘O Estúdio’ satiriza Hollywood em um misto de charme ácido e afeto cinematográfico em tempos de crise criativa

Entre egos inflados e reuniões de marketing, uma produtora cambaleante tenta se reinventar, mesmo que isso signifique filmar o mascote do Ki-Suco

Série ‘O Estúdio’ satiriza Hollywood em um misto de charme ácido e afeto cinematográfico em tempos de crise criativa

Foto: Divulgação

Por: Pablo Rego Veras no dia 29 de maio de 2025 às 20:00

Matt Remick sonha com grandes filmes. Mas, ao assumir o controle da decadente Continental Studios, ele descobre que dirigir um estúdio é mais sobre sobreviver do que criar. Disponível no na Apple TV e no Prime Video, O Estúdio mergulha na selva corporativa de Hollywood com um olhar cômico e desencantado, onde cada decisão envolve política, vaidade e… mascotes de marcas de bebidas.

Ao transformar a icônica figura do homem ki-suco em um projeto de longa-metragem, A série encontra o tom certo entre o absurdo e o realismo, ecoando bastidores do sucesso de Barbie e a atual obsessão do cinema por marcas. Em meio aos executivos sem alma e artistas narcisistas, Matt e sua equipe lutam para manter viva a paixão, sem perder a cabeça (nem o financiamento).

Com um ritmo acelerado e diálogos afiados, a obra brilha nos detalhes: almoços tensos com investidores, testes de elenco bizarros, festas onde verdades saem com os drinks. A sátira é certeira, mas também sensível, pois a série mostra o peso de tentar fazer arte em um sistema onde tudo é negócio.

O Estúdio é um retrato agridoce de uma indústria em colapso criativo. Ideal para quem ama cinema, mas já não acredita tanto nos finais felizes. Aqui, o making-of consegue ser tão fascinante quanto o filme, e às vezes, muito mais verdadeiro.