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'Round 6’: série sul-coreana usa jogos mortais para criticar desigualdade e desespero social

'Round 6’: série sul-coreana usa jogos mortais para criticar desigualdade e desespero social

Disponível na Netflix, produção mistura estética infantil e tensão psicológica para expor os limites da moral sob pressão extrema

'Round 6’: série sul-coreana usa jogos mortais para criticar desigualdade e desespero social

Foto: Divulgação/Netiflix

Por: Ismael Encarnação no dia 27 de junho de 2025 às 13:09

Com a terceira temporada chegando agora na Netflix, a série Round 6 acompanha um grupo de pessoas endividadas que aceita participar de um jogo misterioso com a promessa de um prêmio milionário. A cada etapa, os participantes se deparam com brincadeiras infantis transformadas em desafios brutais, onde perder significa morrer. Apesar da premissa extrema, a série não se limita à violência: o foco está nos dilemas éticos, nas relações entre os personagens e na crítica a um sistema que empurra os mais vulneráveis ao desespero.

A narrativa aposta em construções simbólicas e contrastes visuais marcantes. Os cenários coloridos e geométricos remetem muito bem aos playgrounds e locais de diversões infantis, o que consegue reforçar o absurdo da situação, enquanto a direção de arte cria um ambiente que mistura o lúdico com o que, em um momento delicado da vulnerabilidade, poderia ser uma proposta real. A trilha sonora contribui para o clima de tensão constante, alternando entre inocência e o ameaçador, mas sem exageros, correndo de forma fluída.

Ao longo dos episódios, Round 6 revela não só a lógica cruel por trás dos jogos, mas também como as escolhas individuais expõem traços profundos da desigualdade social. A série consegue provocar o espectador a refletir sobre o que se está disposto a fazer para sobreviver em uma realidade onde o dinheiro tem mais valor que muita gente.