Quinta-feira, 31 de julho de 2025

Faça parte do canal da Metropole no WhatsApp

Home

/

Indicações da Metropole

/

Depois da morte, o dilema: série ‘The Good Place’ questiona, com leveza e bom humor, o céu, o inferno e tudo que vem no meio

Depois da morte, o dilema: série ‘The Good Place’ questiona, com leveza e bom humor, o céu, o inferno e tudo que vem no meio

Disponível na Netflix, série mistura comédia filosófica, personagens excêntricos e dilemas existenciais

Depois da morte, o dilema: série ‘The Good Place’ questiona, com leveza e bom humor, o céu, o inferno e tudo que vem no meio

Foto: Divulgação

Por: Ismael Encarnação no dia 29 de julho de 2025 às 20:00

Céu, inferno, purgatório, o vazio… o que esperar do pós-vida? Para quem crê em um céu, e se ele não fosse como imaginou a vida inteira? The Good Place, disponível na Netflix, parte dessa premissa absurda para construir uma das séries mais criativas, filosóficas e bem-humoradas da TV recente. A história acompanha Eleanor Shellstrop, uma mulher que morreu e foi parar em um tipo de paraíso altamente controlado, onde tudo parece perfeito demais.

Aos poucos, Eleanor percebe que há algo estranho no ar. E é a partir disso que a série começa a brincar com dilemas morais, identidade, escolhas e até mesmo a teoria ética, tudo isso sem pesar a mão, com em episódios leves, um humor de qualidade e reviravoltas surpreendentes. Os personagens que a cercam são tão desajustados quanto ela. Juntos formam um núcleo disfuncional, mas incrivelmente cativante.

O visual de The Good Place também chama atenção: cenários coloridos, quase caricatos, dão contraste ao tom filosófico da trama. A estética lúdica conversa com a leveza do texto, mas não esconde as questões profundas que a série levanta. O uso inteligente do absurdo e a forma como as situações evoluem criam um equilíbrio raro entre comédia e reflexão.

Já finalizada e com quatro temporadas prontas para maratonar, The Good Place é uma série que faz rir e pensar ao mesmo tempo. Discute ética sem ser moralista, coloca o existencialismo humanos e a moral em xeque, mas sem deixar de ser divertida, e mostra que, mesmo no pós-vida, ainda dá para aprender.