Clique aqui e inscreva-se gratuitamente para o MK Entrevista>>

Sexta-feira, 21 de novembro de 2025

Faça parte do canal da Metropole no WhatsApp

Home

/

Indicações da Metropole

/

No filme ‘Observadores’, o suspense surge quando a sensação de ser vigiado se torna impossível de ignorar

No filme ‘Observadores’, o suspense surge quando a sensação de ser vigiado se torna impossível de ignorar

História acompanha grupo preso em casa de vidro observado por criaturas misteriosas

No filme ‘Observadores’, o suspense surge quando a sensação de ser vigiado se torna impossível de ignorar

Foto: Divulgação

Por: Ismael Encarnação no dia 21 de novembro de 2025 às 13:09

Disponível para assistir no HBO Max, Observadores (2024) é daqueles thrillers que não precisam reinventar o suspense para deixar o espectador inquieto. O filme acompanha Mina, uma jovem que se perde em uma floresta irlandesa e acaba presa em uma casa de vidro onde ela, junto a desconhecidos, é observada por criaturas misteriosas durante todas as noites. A premissa é simples, mas funciona porque brinca com um medo universal: a sensação de ser vigiado.

A história se constrói com passos curtos e angustiantes. A cada noite, seres aparecem para assistir ao grupo como se fosse um espetáculo vivo. Eles não podem sair, não podem reagir e não sabem exatamente o que aquelas criaturas querem. O filme trabalha mais o desconforto do que o susto, criando um clima psicológico que transforma a floresta em um labirinto emocional. 

Ao longo da trama, surgem respostas sobre a origem dos observadores e sobre o motivo de cada personagem estar ali. Nada é entregue de maneira grandiosa, mas suficiente para provocar reflexão sobre controle, manipulação e a velha pergunta e sobre quem está realmente no comando. O filme se destaca por não tratar o medo como espetáculo sangrento, mas como um interrogatório silencioso que questiona até que ponto o ser humano aguenta viver sob vigilância constante.

Observadores também se apoia na dinâmica do grupo. Cada personagem entra na trama com um trauma, um segredo, um motivo para estar perdido antes mesmo de chegar à floresta. E isso funciona bem porque mostra que o terror não está apenas nas criaturas lá fora, mas nos conflitos que cada um carrega. A casa de vidro também vira uma metáfora sobre exposição, fragilidade e a impossibilidade de esconder quem somos.

Mesmo com seus limites narrativos, o filme entrega uma experiência intrigante, visualmente bonita e emocionalmente desconfortável. Não é algo escandaloso, mas um suspense que se sustenta pela atmosfera e pela ideia de que ser observado, controlado e estudado pode ser tão apavorante quanto qualquer monstro. É uma boa pedida para quem quer sentir tensão, mas sem cair em exageros típicos do gênero.