Indicações da Metropole
O 'feat' Madonna, Kylie e Cyndi
Como três nomes do pop lançaram álbuns que renovaram o pop nos anos 2000
Em quatro anos, o mundo pop conheceu uma nova versão dos seus ritmos. De 2005 a 2008, Madonna, Kylie Minogue e Cyndi Lauper lançaram o que considero a melhor trilogia não pensada da renovação do toque mais popular e criticado do mundo.
Como sempre: a rainha vem primeiro. No final de 2005 Madonna lançou o que pode ser considerado o seu grande último sucesso no mercado americano. Depois disso, nenhuma "reinvenção" da rainha empolgou o mercado. Fato é que o dançante Confessions On a Dance Floor colocou mesmo o mundo na pista.
O CD, com 12 faixas, tem hits já históricos, como "Hung Up" e "Sorry". Parte de toda originalidade da obra, claro, cai no colo da própria Madonna, mas outra parte, tão fundamental e fácil de perceber tem pai. Ou melhor, pais: Stuart Price e a dupla Bloodshy & Avant. Os músicos levaram à família real do pop o que faltava da música eletrônica.
Com um álbum tão impecável e bem aceito pela crítica -- colocando Madonna terceiro lugar nos "99 Maiores Álbuns de Dance de Todos os Tempos" pela revista Vice -- a pista de dança estava aberta para as outras duas artistas.
Em 2007, o sucesso do Confessions ainda ecoava e essa onda bateu forte em uma discipula direta de Madonna: a australiana Kylie Minogue, que, naquele ano, apresentou ao mundo "X". O álbum é diferente de tudo que ela já fez -- e talvez, por isso, seja tão bom. Na produção, Kylie importou a dupla Bloodshy & Avant e ajudou a empurrar para o mundo o então desconhecido Calvin Harris (que, tempos depois, estaria com Madonna).
O "suco" de pop eletrônico e influência M é tão grande que "No More Rain", faixa do CD, é "sobra" de composições da rainha do pop nos anos 90. As duas são amigas e fortaleceram os laços anos antes, quando Minogue teve câncer de mama e Madonna, que perdeu a mãe para essa doença, aproximou-se.
A repercussão final da onda eletrônica está muito bem colocada em Bring Ya to the Brink, de Cyndi Lauper, lançado em 2008. O CD tem uma bela renovação da poderosa senhora do pop, com participação até de Max Martin, produtor "modinha" com sucessos como "Baby One More Time", de Britney, e "California Gurls", de Katy Perry. O resumo é: o álbum é sensacional e, para mim, o destaque fica em Rocking Chair -- música que nunca me saiu da cabeça.
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