Indicações da Metropole
Como o 'Jagged Little Pill' salvou minha adolescência
Quando cheguei à adolescência, ele estava lá: ainda fresquinho e pronto para ser consumido por essa mente que hoje, aos 27 anos, ainda é problemática (imagine aos 17/18)
Foto: Divulgação
Nasci em 1993. Em junho de 1995, Alanis Morissette pariu o seu maior sucesso — o aclamadíssimo álbum Jagged Litte Pill. Fazendo de conta que sou leonino (e não ariano, como amo ser), eu gosto de pensar que a gente nasceu na mesma época por uma razão.
Quando cheguei à adolescência, ele estava lá: ainda fresquinho e pronto para ser consumido por essa mente que hoje, aos 27 anos, ainda é problemática (imagine aos 17/18).
A obra-prima que colocou Alanis para sempre no meu caminho é também a compilação que apresentou a canadense para o mundo. Rebelde, original e muito verdadeiro, Alanis fala de feminismo, relacionamentos que não deram certo e de como isso tudo desgraçou sua cabeça. Perfeito para mim.
Falando do aspecto mais técnico, o álbum tem vocais poderosíssimos da própria Alanis, que até hoje me emociona quando vai cantar ao vivo faixas como "Perfect" (Clique aqui para ver do que eu estou falando). A composição é outro show à parte. Letras como “You Learn” têm um impacto gigantesco, não tanto pelo ineditismo, mas pela necessidade de se colocar no papel o óbvio – que às vezes é o mais difícil de ser percebido.
Por tantos e tantos motivos que eu não consigo nem mesmo escrever aqui, o Jagged Little Pill salvou minha vida na adolescência e salva até hoje. Ouço quando estou feliz, triste, angustiado. É um melhor amigo. Alanis é minha terapeuta.
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