Dez casos da variante do coronavírus de Manaus são identificados pelo Lacen
As 10 amostras positivas para a variante de Manaus, considerada mais infecciosa, são os primeiros registros oficiais de que a mutação chegou à Bahia.
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Por Stephanie Suerdieck no dia 10 de Fevereiro de 2021 ⋅ 17:47
De 32 amostras sequenciadas geneticamente pelo Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA), dez confirmaram a circulação da variante denominada P.1 do SARS-CoV-2 (Covid-19) presente em Manaus e que é considerada mais infecciosa. A confirmação foi feita hoje (10) e esses são os primeiros registros oficiais de que a mutação chegou à Bahia.
De acordo com o secretário estadual da Saúde, Fábio Vilas-Boas, “as amostras foram coletadas nos últimos dias e a investigação preliminar da vigilância epidemiológica aponta que a maioria dos pacientes estavam de férias e passaram pelos municípios de Salvador, Irecê e João Dourado, todos com residência na região amazônica”.
A diretora-geral do Lacen-BA, Arabela Leal, destaca que “os outros 22 genomas sequenciados não são da variante de Manaus, nem do Reino Unido ou África do Sul. Elas já eram circulantes no estado e foram de amostras coletadas de pacientes com sintomas clínicos característicos da Covid-19”.
De acordo com o laboratório, a P.1 é derivada de uma das variantes predominantes no País, a B.1.1.28. O potencial de transmissão dela pode ser maior por causa da mutação N501Y, presente nas variantes identificadas no Reino Unido e na África do Sul. A faixa etária dos pacientes diagnosticados com a variante P.1 vai de 7 a 66 anos, sendo sete pessoas do sexo masculino e três feminino.