Bahia
Temos leis para combater o racismo, mas não são colocadas para funcionar, diz historiador
Marcos Rezende cobrou ainda que patrimônios da população negra sejam reconhecidos pelo poder público
Foto: Fernanda Vilas/Metropress
O historiador Marcos Rezende avaliou, nesta terça-feira (2), que o Brasil tem legislação para combater o racismo, mas não tem sido aplicada de forma eficiente.
"Nós temos o Estatuto de Promoção Racial Nacional que não é colocado na ordem dia. Nós temos o Estatuto da Promoção de Combate à Intolerância do estado, que também não coloca para funcionar. Temos tudo só não se coloca para funciona", ressaltou Rezende, em entrevista a Mário Kertész, na Rádio Metropole.
Para ele, não haverá uma superação do racismo estrutural "enquanto o sistema de justiça, educacional, as estruturas sociais não perceberem a importância de valorização, das grandes contribuições dada pela população negra ao longo da história".
Marcos Rezende cobrou ainda que patrimônios da população negra sejam reconhecidos pelo poder público. "Nós temos mais de 2,5 mil patrimônios tombados. E deste só 18 são negros, e 14 são terreiros de candomblé. E deste 14 estão na Bahia, é como se não existe em outros lugares (do Brasil)", observou.
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