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Quarta-feira, 13 de novembro de 2024

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Assassinato de Mãe Bernadete completa um ano; filho e neto da líder seguem sob proteção do estado

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Assassinato de Mãe Bernadete completa um ano; filho e neto da líder seguem sob proteção do estado

Inquérito aponta que ialorixá foi morta por lutar contra tráfico de drogas nas proximidades do Quilombo Pitanga dos Palmares

Assassinato de Mãe Bernadete completa um ano; filho e neto da líder seguem sob proteção do estado

Foto: Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos – CONAQ

Por: Metro1 no dia 17 de agosto de 2024 às 14:30

Há um ano, a líder quilombola e ialorixá Mãe Bernadete foi executada com mais de 20 tiros, dentro da própria casa, no Quilombo Pitanga dos Palmares, em Simões Filho, Região Metropolitana de Salvador. Pelo menos dois familiares dela seguem sob proteção do estado: Jurandir Pacífico, filho da vítima, e o neto Wellington Gabriel dos Santos, uma das testemunhas do crime.

Três suspeitos de envolvimento no assassinato vão a júri popular, com base na última atualização divulgada sobre o processo no mês passado. Os suspeitos, identificados como Arielson da Conceição Santos, Marílio dos Santos e Sérgio Ferreira de Jesus, serão julgados por homicídio qualificado. A mais recente prisão, em julho, foi de Ydney dos Santos.

Bernadete estava sob proteção da polícia, na época do ocorrido. Três das sete câmeras do quilombo não funcionavam por falta de recursos, segundo a família, e a responsável pela administração dos equipamentos admitiu uma falha. O neto, Wellington Gabriel, uma irmã e um primo adolescentes foram trancados nos quartos.

De acordo com o Ministério Público, as apurações concluíram que Mãe Bernadete foi executada porque se posicionou de maneira firme contra a expansão do tráfico de drogas na região e contra, especificamente, a construção da barraca ‘Point Pitanga City’, na barragem de Pitanga dos Palmares.

 “Todos nós sabemos que ser de comunidade quilombola é resistir todos os dias”, afirmou o filho de Bernadete, Jurandir Pacífico, na sexta-feira (16), no  7º Festival de Cultura e Arte Quilombola, evento na comunidade em homenagem à memória da ialorixá. “A gente tem essa responsabilidade de continuar com esse legado tão lindo e corajoso”, ele acrescenta.