Mulher é resgatada de trabalho análogo à escravidão após 36 anos em casa de família na Bahia

Uma mulher de 46 anos foi resgatada de condições análogas à escravidão em Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia. Ela trabalhava realizando os afazeres domésticos para uma família desde os seus 10 anos. Em situação degradante e submetida a jornadas exaustivas, a trabalhadora era colocada sempre à disposição das necessidades dos patrões.

Uma audiência com os empregadores está marcada para esta próxima terça-feira (16). A expectativa é que sejam pagas as verbas trabalhistas.

Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a vítima foi morar com a família empregadora ainda na infância e, desde então, não recebeu salários.  Além das tarefas domésticas, ela fazia doces e salgados para uma lanchonete dos patrões, atendia os clientes e cuidava da limpeza do estabelecimento. 

A mulher foi resgatada pela Auditoria-Fiscal do Trabalho e agora aguarda as medidas de reparação dos direitos trabalhistas e sua reinserção social. Uma procuradora do Trabalho, uma defensora pública da União, um servidor do MTE e agentes da Polícia Federal também participaram do resgate.

Com 86 resgates em 10 anos, trabalho análogo à escravidão se infiltra em obras, casas e ruas de Salvador e RMS