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Com melhora histórica, Bahia ainda é 5º estado com mais lares em insegurança alimentar

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Com melhora histórica, Bahia ainda é 5º estado com mais lares em insegurança alimentar

Estado tem 2,1 milhões de lares com algum grau de insegurança alimentar e passa a ocupar a 5ª posição do país

Com melhora histórica, Bahia ainda é 5º estado com mais lares em insegurança alimentar

Foto: Agencia Brasil/arquivo

Por: Metro1 no dia 11 de outubro de 2025 às 15:30

A Bahia registrou, em 2024, o menor índice de insegurança alimentar dos últimos 20 anos, igualando o patamar de 2013. Dados divulgados nesta quinta-feira (9) pelo IBGE mostram que 2,115 milhões de domicílios baianos — o equivalente a 37,8% do total — convivem com algum grau de insegurança alimentar, desde a preocupação com o acesso a alimentos até a falta efetiva de comida.

Apesar da melhora em relação a 2023, quando 40,2% das residências estavam nessa condição, o estado subiu da sexta para a quinta maior proporção de domicílios com insegurança alimentar do país. A redução de 3,2% representa 74 mil lares a menos nessa situação.

A Bahia reúne o segundo maior número absoluto de domicílios com insegurança alimentar (2,1 milhões) e de pessoas afetadas (5,8 milhões), ficando atrás apenas de São Paulo, com 3,3 milhões de lares nessa condição.

De acordo com o IBGE, a insegurança leve atingiu 1,334 milhão de domicílios (23,8%), com leve aumento em relação ao ano anterior. Já a moderada caiu para 477 mil (8,5%), e a grave recuou 9%, afetando 304 mil residências — cerca de 707 mil pessoas. Com isso, a Bahia continua sendo o segundo estado com mais lares ameaçados pela fome, atrás apenas de São Paulo.

No Brasil, 24,2% dos domicílios enfrentam algum nível de insegurança alimentar, contra 27,6% em 2023. O Pará lidera o ranking nacional (44,6%), seguido de Roraima (43,6%) e Piauí (39,3%). Santa Catarina (9,4%), Espírito Santo (13,5%) e Rio Grande do Sul (14,8%) têm as menores taxas.

A pesquisa mostra ainda que o problema atinge com mais força lares chefiados por mulheres (59,9%), pessoas pardas (54,7%) e indivíduos com baixa escolaridade. Especialistas apontam que, embora o avanço seja positivo, a redução da fome no estado ainda ocorre de forma lenta e desigual.