
Bahia
MP apresenta nova denúncia contra deputado Binho Galinha por chefiar grupo criminoso em Feira de Santana
Parlamentar e outros 12 acusados são apontados como integrantes de organização que atua há mais de dez anos com jogos de azar, agiotagem e lavagem de dinheiro

Foto: Reprodução/Ascom Alba
O Ministério Público da Bahia (MP-BA) apresentou uma nova denúncia contra o deputado estadual Binho Galinha e outras 12 pessoas acusadas de integrar uma organização criminosa que atua há mais de dez anos em Feira de Santana e região.
Protocolada nesta quinta-feira (30), a denúncia amplia as acusações contra o grupo com base em fatos revelados pelas operações El Patrón e Hybris, conduzidas pela Polícia Federal e pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).
Segundo o MP, os novos episódios configuram os mesmos tipos de crimes já atribuídos ao deputado, mas não se trata de dupla imputação, pois envolvem condutas distintas cometidas após a primeira denúncia. As investigações apontam que as práticas ilícitas continuaram mesmo após o início das apurações e operações policiais.
As novas evidências foram obtidas a partir da quebra de sigilos bancários e de uma força-tarefa com outras instituições, que identificou a continuidade das ações do grupo.
Entre os crimes citados pelo MP estão organização criminosa armada, lavagem de capitais, exploração de jogos de azar, agiotagem, extorsão, receptação qualificada e embaraço à investigação.
O Ministério Público também pede reparação por danos morais coletivos, perdimento de bens obtidos de forma ilícita, perda do cargo público para quatro denunciados que são policiais militares e interdição para o exercício de função pública aos acusados cabíveis, incluindo o deputado.
De acordo com o documento, Binho Galinha assumiu a liderança da organização criminosa em 2013, após a morte do antigo chefe. O grupo, inicialmente ligado ao jogo do bicho em Feira de Santana, expandiu suas atividades para empréstimos ilegais, agiotagem, receptação e lavagem de dinheiro.
Mesmo após as primeiras fases da operação El Patrón, a Orcrim continuou ativa, usando laranjas para movimentar recursos e manter negócios ilícitos, incluindo veículos de luxo, em descumprimento de medidas judiciais. A denúncia ainda aponta a existência de um núcleo armado, responsável por usar armas de fogo na execução dos crimes.
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