
Bahia
“Ninguém está dizendo que foi um exemplo”, diz Barbosa sobre ação no Cabula
Em entrevista à Rádio Metrópole nessa quinta-feira (9), o secretário de segurança pública da Bahia, Maurício Barbosa comentou o resultado do inquérito da Polícia Civil sobre a ação policial no Cabula. [Leia mais...]

Foto: Bárbara Silveira/Metropress
Em entrevista à Rádio Metrópole nessa quinta-feira (9), o secretário de segurança pública da Bahia, Maurício Barbosa, comentou o resultado do inquérito da Polícia Civil sobre a ação policial no Cabula, divulgada na última sexta-feira (3), que atesta que os policiais agiram em “legítima defesa” durante a operação que resultou na morte de 12 pessoas.
“Foi feito um trabalho muito técnico e profissional, gastamos 9 horas de reconstituição. Ouvimos todas as pessoas e a conclusão que nossos peritos chegaram é de que houve pelo menos 3 trocas de tiros. Tínhamos mais de 20 pessoas no momento, todas elas participantes do tráfico de drogas, tudo isso ficou claro nas escutas”, afirma.
Barbosa defendeu ainda o preparo dos policias que atuaram na ação. “Nós tínhamos policiais preparados, até porque, policial da Rondesp tem preparo tático e técnico para maior enfrentamento da situação. Esses próprios traficantes já vinham aterrorizando o bairro. Temos depoimentos de comerciantes do local, um dos comerciantes teve que tirar câmera do seu estabelecimento por conta do tráfico. Ou seja, essas coisas não são colocadas. Um dos depoimentos foi emblemático de um dos sobreviventes: ele fala que estranhou que um dos integrantes da quadrilha usava farda do exército e uma mochila que tinha banana de dinamite”, argumenta.
Ainda segundo o secretário, os policiais são cobrados e fiscalizados de perto por ele e pelo governador Rui Costa (PT). “Tenho profundo respeito pelo Ministério Público e quero continuar parceira com o promotor Davi Gallo. (...) Isso [inquérito] está amparado em 59 laudos, em 81 depoimentos de testemunhas. Eu sou a pessoa junto com o governador que é um dos que mais cobra dos policiais. Queremos uma policia que trabalhe dentro da lei. Ninguém está dizendo que foi um exemplo de operação, porque não foi. Um número menor de policiais para fazer uma enfrentamento, tem que usar força maior. Mas eu não posso imputar culpa aos policiais para satisfazer opinião publica”, explica.
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