Bahia
PF investiga candidato a vereador em Feira que trocava voto por "bêncão"
Com o objetivo de coibir crimes eleitorais, a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Simão, na cidade de Feira de Santana, no Estado da Bahia, na manhã desta sexta-feira (30). A prática já estava acontecendo no município, durante a campanha para o pleito do próximo domingo (2). Aproximadamente, 40 Policiais Federais cumprem nove mandados de condução coercitiva e oito de busca e apreensão no local. [Leia mais...]
Foto: Reprodução / Agência Brasil
Com o objetivo de coibir crimes eleitorais, a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Simão, na cidade de Feira de Santana, no Estado da Bahia, na manhã desta sexta-feira (30). A prática já estava acontecendo no município, durante a campanha para o pleito do próximo domingo (2). Aproximadamente, 40 Policiais Federais cumprem nove mandados de condução coercitiva e oito de busca e apreensão no local.
As investigações iniciaram há cerca de um mês, a partir de requisição do Ministério Público Eleitoral, que divulgou ter informações da captação ilícita de votos por parte de um candidato a vereador vinculado a uma igreja evangélica. "O candidato e o grupo a ele vinculado estariam cadastrando eleitores fiéis da igreja, com a promessa de abençoá-los, e 'amaldiçoavam' aqueles que se recusavam a fornecer seus dados constantes do título eleitoral", afirma a PF.
Foi constatado também que, a prática ia "bem além" do cadastramento de eleitores e a promessa de "bênção ou maldição". A mesma incluía também a distribuição de gêneros alimentícios em comunidades carentes, a fim de arregimentar eleitores, chegando-se, ainda, à identificação de um esquema de favorecimento na marcação de exames e consultas médicas pelo SUS àqueles que prometiam seu voto ao candidato. Foi identificada ainda a prática da venda de votos em lote por parte de uma liderança comunitária local, fato este envolvendo outro candidato à Câmara Municipal.
Os investigados responderão pelos crimes previstos nos artigos 299 e 334 do Código Eleitoral, que preveem penas de prisão, multa, e até mesmo cassação dos registros de candidatura. O nome da operação, “Simão”, vem do codinome utilizado pelos policiais para se referir ao principal investigado, uma referência ao Apóstolo de Jesus Cristo. Representantes da Polícia Federal e do Ministério Público Eleitoral concederão entrevista coletiva às 9h30, no Posto da Polícia Federal em Feira de Santana. Av. Maria Quiteria, n. 61, Serraria Brasil.
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