Bahia
'Não posso receber retaliação fascista', rebate Marcia Castro
Após a polêmica envolvendo Marcia Castro viralizar nas redes sociais na noite da última segunda-feira (20), a cantora, em entrevista ao Roda Baiana, na Rádio Metrópole, defendeu-se e disse que ficou "surpresa com a postura tanto da Secretaria [de Política para as Mulheres] quanto da produtora" de excluir o nome dela do desfile do microtrio 'Respeite as Mina'. [Leia mais...]
Foto: Tácio Moreira/Metropress
Após a polêmica envolvendo Marcia Castro viralizar nas redes sociais na noite da última segunda-feira (20), a cantora, em entrevista ao Roda Baiana, na Rádio Metrópole, defendeu-se e disse que ficou "surpresa com a postura tanto da Secretaria [de Política para as Mulheres] quanto da produtora" de excluírem o nome dela do desfile do micro-trio 'Respeite as Minas', que vai sair na segunda de Carnaval (27), no Circuito Osmar (Campo Grande).
Há cerca de um ano, a cantora publicou uma foto em seu perfil do Instagram ao lado do compositor Fael Primeiro, acusado, julgado e inocentado de estupro contra uma jovem de Salvador. O caso envolvendo Fael ganhou a mídia no final de 2015 e a foto postada por Marcia é datada de 17 de fevereiro de 2016. A cantora declarou que, quando soube de toda a polêmica envolvendo o compositor, pensou em apagar a foto, mas não se sentiu "legitimada a produzir provas contra ou a favor de ninguém".
"Eu não sou legitimada para gerar provas nem julgar ninguém. Seria muito injusto eu apagar a foto e criar qualquer prova contra ele naquele momento. E, também, não me vi legitimada a apoiar nem criar nenhum discurso de defesa, porque não estava envolvida no caso. Isso caberia à Justiça, não a mim. Mantive a foto e fiquei sendo agredida por, mais ou menos, 20 dias. Depois parou", disse.
Na última semana, Marcia contou que foi comunicada pela Secretaria de Política para as Mulheres e pela produtora e organizadora do trio 'Respeite as Mina' sobre a exclusão de seu nome do evento. De acordo com a cantora, o órgão recebeu uma "enxurrada" de pedidos para que ela fosse afastada da festa. "Eu soube que estavam ligando também para a organização de outros eventos dos quais vou participar no Carnaval e fazendo o mesmo pedido", contou.
"Os fatos têm de ser apurados. Fael foi inocentado. Algumas meninas falam que 'não importa se ele foi inocentado, que eu deveria ter tido sororidade'. Eu tenho o direito de aderir ou não a um posicionamento. Não sou obrigada à prática da sororidade. Eu entendo e pratico, mas, neste fato específico, não sou obrigada a ter me posicionado contra ou a favor de alguém. Não posso receber uma retaliação fascista com relação a uma atitude minha", desabafou Marcia.
Nesta quinta-feira (23), a cantora Marcia Castro vai puxar o trio do "Bloco Os Mascarados", no Circuito Dodô (Barra-Ondina), às 21h, com participação de Sandra de Sá. No dia 25 de fevereiro, sábado de Carnaval, ela vai comandar a festa "Eletrobailada", às 19h, no bairro de Periperi, na Praça da Revolução. Já no dia 26, Marcia puxa um microtrio na Barra-Ondina, às 14h, e no mesmo dia, faz a "Eletrobailada", às 19h, na Boca do Rio. E, para encerrar a folia carnavalesca, no dia 28, terça-feira, Márcia apresenta o espetáculo "Eletrobaialada" na Praça Tereza Batista, no Pelourinho.
Leia abaixo texto publicado por Marcia Castro no Facebook:
📲 Clique aqui para fazer parte do novo canal da Metropole no WhatsApp.