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Presidente da Câmara Brasil-China admite desconhecer detalhes da compra de respiradores

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Presidente da Câmara Brasil-China admite desconhecer detalhes da compra de respiradores

Os equipamentos que chegaram a ser comprados pelo governo da Bahia não chegaram no estado

Presidente da Câmara Brasil-China admite desconhecer detalhes da compra de respiradores

Por: Metro1 no dia 12 de maio de 2020 às 15:44

O presidente da Câmara Brasil-China, Charles Andrew Tang, enviou uma carta ao secretário estadual da Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, em que admite desconhecer detalhes do processo de aquisição de respiradores pelo governo da Bahia.

Em entrevista ao jornal A Tarde, ele havia afirmado que o governo fez uma compra de respiradores em uma empresa que não existe. "O governo baiano comprou respiradores de uma empresa de Los Angeles, que não existe. Esse não foi um problema exclusivo da Bahia. Santa Catarina, Rio de Janeiro e o Pará, todos tiveram problemas. Tanto que os governadores desses quatro estados nos procuraram, na Câmara de Comércio Brasil - China, pedindo nossa ajuda na intermediação com essas empresas, devido a Câmara ser um organismo com 34 anos de credibilidade e atuação. O governo da Bahia perdeu esse dinheiro", declarou. 

“Não tenho conhecimento dos detalhes da compra de respiradores da Bahia e nem da empresa americana que vendeu esses respiradores. Tampouco tive a intenção de acusar nenhuma empresa, organização ou governo”, escreveu. Por fim, Tang disse que estava à disposição para prestar esclarecimentos sobre o assunto. 

Na carta, ele também admitiu “estava comentando genericamente sobre os episódios, reportados pela mídia, encontrados por vários estados na compra de respiradores". "Da mesma maneira que comentei sobre os problemas noticiados sobre outros estados, escutei dizer que a Bahia tinha comprado respiradores de empresa americana que não existia”, disse.

Hoje, o secretário de saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, negou a acusação e disse que a empresa mencionada por Charles Andrew Tang é homônima da que fez contrato com o Executivo estadual.

“Nao é verdade. A informação que foi passada para imprensa foi por uma pessoa que não conhece o processo de compra  da Bahia. Essa empresa alegada é homônima. A Bahia tem todos os contratos de compra. A transação foi toda feita dentro da legalidade. O contrato foi rescindido por impossibilidade de cumprimento dos prazos que se encerraram no dia 20 de abril. O dinheiro está fazendo o caminho de volta”, disse Vilas Boas.