Polícia ouve irmã de suspeito de matar funcionário de dono de pousada em Jaguaripe

A irmã do suspeito de matar Marcel da Silva Vieira, conhecido como Billy, prestou depoimento à polícia nesta quinta-feira (10), em Jaguaripe, no baixo sul da Bahia. A mulher se apresentou espontaneamente na delegacia. Billy foi morto a tiros no domingo (6) e era testemunha do caso da morte do empresário Leandro Troesch, dono da pousada Paraíso Perdido, encontrado morto no estabelecimento no dia 25 de fevereiro.

O delegado Rafael Magalhães, responsável pelas investigações, revelou que a mulher diz ser irmã de um homem conhecido como 'Zarolho', que seria usuário de drogas. Ela contou que 'Zarolho' estava hospedado em sua casa e teria revelado que matou Billy com a ajuda de outros dois homens. Depois de revelar o crime para a irmã, ele teria fugido.

A mulher, porém, não soube dizer a motivação crime, nem para onde Zarolho fugiu. Ela também não informou se houve mandante da morte.

Mais testemunhas - A polícia tenta ouvir outras duas testemunhas importantes para a resolução do caso, a viúva de Leandro, Shirley da Silva Figueiredo, que está foragida e ex-detenta e amiga da viúva, Maqueila Bastos.
Depois de sair da prisão, Maqueila trabalhou na pousada Paraíso Perdido, mas foi demitida 10 dias antes da morte de Leandro.

Segundo a polícia, Maqueila responde a processos e inquéritos por estelionato, sequestro e extorsão. Ela é investigada no caso da morte do empresário por causa da sua amizade com Shirley, viúva de Leandro. As duas se conheceram na prisão em 2021, quando Shirley foi condenada a nove anos de prisão pelos crimes de sequestro e extorsão cometido com Leandro em 2001.

Na ocasião, o empresário também foi preso e condenado a 14 anos de prisão e os dois cumpriram pena no Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador. Em 2022, eles já estavam em prisão domiciliar na pousada no sul da Bahia.

Depois de sair da prisão, Shirley ofereceu um emprego para Maqueila na pousada do casal, o que teria desagradado Leandro. Segundo o delegado Rafael Magalhães, ele não gostava da amizade da esposa com a ex-detenta.

Maqueila foi demitida do estabelecimento no dia 15 de fevereiro, 10 dias antes do empresário ser encontrado morto com um tiro em um dos quartos do estabelecimento.