Brasil
Sem detalhes sobre acordo com Musk, Bolsonaro afirma que ainda é "início de um namoro"
De acordo com ministro das Comunicações, bilionário tem autorização para 40 mil satélites na Amazônia, mas nenhum contrato foi assinado até então
Foto: Reprodução/Redes sociais
Sem especificar nenhum detalhe, o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ministro das Comunicações, Fábio Faria, comentaram sobre a reunião que tiveram com o bilionário Elon Musk. De acordo com eles, o encontro foi realizado para um acordo para concretizar o projeto da Starlink, que conectaria à internet 19 mil escolas na zona rural do país, além de monitorar a Amazônia. A informação é do portal g1.
"É a primeira vinda aqui, um primeiro contato, o início de um namoro. Tenho certeza que vai acabar em casamento brevemente. Ele é uma pessoa bastante objetiva e quer concretizar o seu sonho de forma mais rápida possível", afirmou o presidente, em entrevista nesta sexta-feira (20).
O programa "Conecta Amazônia" foi anunciado pelo bilionário, que se encontrou com o Bolsonaro em um hotel de luxo em Porto Feliz (SP), nesta manhã. A reunião teve como assunto principal as iniciativas tecnológicas para a proteção da Amazônia, incluindo o uso de satélites para levar internet e monitoramento do desmatamento na região.
De acordo com Faria, Musk tem autorização para colocar 40 mil satélites em cima da Amazônia, mas nenhum contrato foi assinado até o momento. "Se o governo brasileiro puder ter as informações [dos satélites] para poder agir, será bem melhor", reforçou. Ele explicou que o bilionário tem dois satélites lançados e autorização para mais 40 mil. "Ele precisa instalar uma 'porta de entrada' para a região norte e a empresa está correndo para isso. Ele vai definir a data, mas nos próximos meses isso deve ocorrer".
Durante a coletiva, o ministro lembrou ainda de um sonho de Musk de ajudar escolas sem internet e em lugares diferentes.
O Brasil já tem mecanismos tecnológicos para monitoramento da Amazônia. Desde 1988, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, recebe e processa os dados sobre perda de floresta. As imagens são obtidas via satélite e o nível de precisão é de 95%, segundo o próprio instituto.
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