Brasil
Mortalidade de corais em Alagoas ultrapassa 50%, aponta pesquisa
Situação é causada por aumento da temperatura dos oceanos, com aquecimento global
Foto: Reprodução/Freepik
Um estudo de pesquisadores do Peld Costa dos Corais Alagoas e Projeto Conservação Recifal (PCR) constatou uma alta mortalidade de corais em Alagoas, na região Nordeste, por causa do aumento da temperatura dos oceanos, com o aquecimento global. A informação é do O Globo.
Três espécies em especial foram afetadas: millepora braziliensis, millepora alcicornis (corais de fogo) e mussismilia harttii (coral cérebro). A mortalidade da primeira espécie chegou a 100%, enquanto que os corais de fogo tiveram mortalidade de até 55% e o coral cérebro com mortalidade de 27%. As espécies de corais são relevantes para o equilíbrio do ambiente, pois servem como habitat para peixes e constroem recifes.
Em maio de 2020, o estresse dos corais na APA chegou a 12, o maior acúmulo por calor da série histórica, que começou em 1985. Valores acima de 4 na unidade de medida degree heating week (DHW) causam o branqueamento de 30% a 40% dos corais. O branqueamento, por si só, não causa a morte dos corais como efeito imediato, segundo os pesquisadores, mas indica mudanças na temperatura de mares e oceanos. Boa parte não sobreviveram.
Os pesquisadores acreditam que o derramamento de óleo no litoral do Nordeste, vindo de um petroleiro grego em 2019, também pode ter contribuído para a situação atual. Uma das regiões mais afetadas foi a Área de Preservação Ambiental (APA) Costa dos Corais, entre o litoral sul de Pernambuco e o litoral norte de Alagoas.
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