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Justiça determina que Polícia Civil investigue PMs que liberaram dono de Porsche após acidente

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Justiça determina que Polícia Civil investigue PMs que liberaram dono de Porsche após acidente

Determinação foi escrita em mesma decisão que negou pela segundo pedido de prisão preventiva de Fernando

Justiça determina que Polícia Civil investigue PMs que liberaram dono de Porsche após acidente

Foto: Reprodução/GloboNews | Divulgação/Polícia Civil de SP

Por: Metro1 no dia 09 de abril de 2024 às 07:39

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), através do juiz Roberto Zanichelli Cintra, determinou que a Polícia Civil investigue os policiais militares que deram permissão para que o dono do Porsche, o empresário Fernando Sastre Filho, e sua mãe deixassem o local do acidente que resultou na morte de um motorista de aplicativo na zona leste da capital paulista. As informações são do Metrópoles.

Os agentes já são alvo de investigação da PM e agora a Justiça solicita investigação também na Polícia Civil para descobrir uma "eventual responsabilidade criminal" dos agentes. “Determino ao delegado de Polícia que instaure procedimento de investigação preliminar sumária (…) a fim de esclarecer eventual responsabilidade criminal”, escreve o magistrado em mesma decisão que negou pela segunda vez o pedido de prisão preventiva de Fernando.

A investigação do caso aponta que o empresário de 24 anos estava em alta velocidade quando colidiu com a traseira de um  Renault Sandero na madrugada de 31 de março. Com isso, Ornaldo da Silva Viana de 52 anos morreu no local. Um colega  que acompanhava o dono do Porsche, que estava de carona sofreu graves ferimentos e segue em hospitalização.

Segundo o juiz, as justificativas da mãe de Fernando não são críveis. Daniela Cristina de Medeiros  Andrade afirmou aos policiais presentes na ocorrência que havia ido ao local para ajudar seu filho que precisava ir ao hospital, o que não foi feito. Os policiais liberaram o jovem sem realizar o teste do bafômetro e sem o autuarem em flagrante. A ocorrência só foi apresentada na delegacia cerca de 5 horas após o acidente.

“É inegável que os fatos subsequentes têm o potencial de alterar substancialmente a reconstrução processual da dinâmica fática [...] O comportamento do investigado ao se evadir do local dos fatos, com a ajuda de sua mãe, não pode ser ignorado e demanda maior rigor estatal", aponta o magistrado.