Voepass pede proteção contra credores ou "falência será inevitável"

A operação da empresa aérea Voepass, protagonista do pior acidente aéreo em solo brasileiro desde o Voo TAM 3054, está ameaçada. O avião que caiu em Vinhedo, no interior de São Paulo, vitimou 62 pessoas em 2024, e se tornou o sexto acidente mais letal da história da aviação nacional. A empresa se vê ameaçada pela reintegração de suas aeronaves e por dívidas milionárias, então fez um apelo judicial pedindo a concessão de tutela preparatória que garantiria 60 dias de proteção contra credores. 

A medida, considerada a única forma de evitar a falência, visa impedir que os arrendadores das aeronaves tomem posse dos aviões, paralisando as operações da empresa. Desde o pedido de tutela, realizado em 3 de fevereiro, nenhuma decisão foi tomada. Sem essa proteção emergencial, os advogados da empresa alertam que a falência será inevitável. 

Esta é a primeira vez que o instrumento da tutela preparatória, que protege empresas em crise de cobrança de credores extraconcursais por 60 dias e foi incluído na reforma da lei de recuperação judicial em 2000, está sendo testado para uma empresa de aviação. Segundo informação do jornal O Globo, dois arrendadores, NAC e Elix Asset, que detêm oito aviões usados pela Voepass, deram um prazo até esta quarta-feira (12) para a companhia quitar os US$ 18 milhões em pagamentos atrasados.