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Ministro do TCU adia pela sexta vez julgamento sobre fraude do INSS

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Ministro do TCU adia pela sexta vez julgamento sobre fraude do INSS

A decisão foi criticada por diversos membros do tribunal, que ressaltaram os impactos da demora

Ministro do TCU adia pela sexta vez julgamento sobre fraude do INSS

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Por: Metro1 no dia 02 de maio de 2025 às 07:41

Atualizado: no dia 02 de maio de 2025 às 08:19

O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Aroldo Cedraz, adiou, nesta quarta-feira (30), pela sexta vez, o julgamento de recursos apresentados pelas defesas das entidades envolvidas nos descontos indevidos nas aposentadorias do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A decisão foi criticada por diversos membros do tribunal, que ressaltaram os impactos da demora, já que o processo poderia ter levado à suspensão definitiva dos descontos irregulares, uma medida só adotada após a Operação Sem Desconto, da Polícia Federal, e a ação da Controladoria-Geral da União (CGU) na última terça-feira (29).

Durante a sessão, Cedraz acusou o site Metrópoles de divulgar "fake news" sobre o atraso do julgamento, após a publicação de uma reportagem que revelou que o adiamento havia beneficiado as associações envolvidas no esquema. O ministro afirmou: “Entendo que não é mais possível a gente continuar aceitando as fake news em nenhum tipo de veículo. Isso agride uma instituição respeitada como o TCU.” Além disso, ele alegou que a coluna não o procurou antes da publicação, o que foi refutado pela reportagem, que havia questionado o gabinete do ministro no dia anterior ao julgamento.

A situação gerou um acirramento no TCU. Ministros como Walton Alencar e Bruno Dantas criticaram a demora no processo, destacando que, embora medidas cautelares tenham sido tomadas em 2024, os descontos irregulares continuaram, totalizando cerca de R$ 3 bilhões anuais. "Estou muito frustrado", afirmou Dantas, enquanto Alencar lembrou que o processo entrou pela sexta vez no plenário, sem retorno à unidade técnica para monitoramento. O impasse gerou divergência entre os ministros, com Cedraz determinando a retirada do caso da pauta após a maioria se inclinar contra sua posição.