
Brasil
Justiça revoga prisão de suspeito de envolvimento em plano de ataque no show de Lady Gaga
O suspeito foi solto após constatação de que seu IP pode ter sido clonado; ele responderá por porte ilegal de arma e cumprirá medidas cautelares

Foto: Reprodução/Prefeitura Rio/Redes Sociais
O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul revogou, na madrugada deste sábado (10), a prisão preventiva de Luis Fabiano da Silva, preso por suspeita de envolvimento em um plano de ataque a bomba durante o show da cantora Lady Gaga, realizado em Copacabana, no Rio de Janeiro, no último sábado (3).
A decisão foi tomada após pedido da defesa e se baseia no fato de que, até o momento, ele não é investigado pela Justiça do Rio como integrante do grupo extremista responsável pela suposta tentativa de atentado. Segundo o juiz Jaime Freitas da Silva, o nome de Luis Fabiano surgiu na investigação apenas porque um dos possíveis mentores do plano teria usado o número do IP dele, ou seja, o endereço de identificação de um dispositivo na internet.
Um relatório técnico do Ministério Público do Rio Grande do Sul reforçou a hipótese de que o IP de Luis Fabiano pode ter sido clonado, o que afastaria seu envolvimento direto com o caso.
Apesar disso, ele foi preso em flagrante por porte irregular de armas durante a operação policial e acabou indiciado apenas por esse crime. Ainda que uma das armas tenha numeração raspada, o juiz entendeu que a prisão preventiva poderia ser revogada, já que Luis Fabiano não tem antecedentes criminais e pode ter direito a um acordo penal ou à suspensão condicional do processo.
Solto neste sábado (10), ele deverá cumprir medidas cautelares: comparecimento bimestral à Justiça, manutenção de endereço atualizado e proibição de deixar a comarca onde reside por mais de 15 dias sem autorização judicial. A defesa, representada pelo advogado Michel França, afirmou que o caso foi um “mal-entendido” e que acredita que será oferecido um acordo de não-persecução penal.
Luis Fabiano chegou a ser preso duas vezes: a primeira, em flagrante, foi revertida com pagamento de fiança; a segunda, por ordem judicial no domingo (4), o manteve preso até a decisão deste sábado.
A investigação faz parte da Operação Fake Monster, conduzida pela Polícia Civil e pelo Ministério da Justiça, que revelou um plano articulado por um grupo extremista com o objetivo de realizar atentados com explosivos improvisados. O grupo buscava reconhecimento nas redes sociais e chegou a recrutar menores de idade para o que chamavam de “desafio coletivo”.
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