
Brasil
PF investiga grupo de militares que planejava matar autoridades como Zanin e Moraes
Operação revela existência de empresa clandestina com tabela de alvos que chegavam a custar R$ 250 mil e plano para atacar ministros e autoridades

Foto: Divulgação/TSE/SCO/STF
Na sétima fase da Operação Sisamnes, deflagrada nesta quarta-feira (28), a Polícia Federal revelou indícios de que um grupo ligado a militares da reserva criou uma empresa clandestina voltada à espionagem e até mesmo ao assassinato de autoridades do Judiciário e do Congresso Nacional.
A investigação se baseia em documentos apreendidos em 2023 na casa do coronel da reserva do Exército Etevaldo Caçadini. Entre os materiais, a PF encontrou uma tabela com valores para ações de espionagem e possíveis homicídios contra ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), senadores e deputados. Os documentos também descrevem uma estrutura organizacional da empresa, divisão de setores, arsenal e até uso de garotas de programa.
Segundo os investigadores, a empresa operava com fachada de segurança privada, mas prestava serviços ilegais. O grupo se autodenominava informalmente "Comando C4: Caça Comunistas, Corruptos e Criminosos".
A tabela de preços apreendida indicava os seguintes valores, que a PF acredita se referirem a ações de espionagem:
- Ministros do Judiciário: R$ 250 mil
- Senadores: R$ 150 mil
- Deputados: R$ 100 mil
- “Figuras normais”: R$ 50 mil
Entre os possíveis alvos identificados pela PF estão os ministros do STF Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin, além do ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Os nomes das autoridades aparecem em anotações e diálogos interceptados. Em relação a Pacheco, os documentos fazem menção à expressão “vigilância armada” e a uma data em que ele retornava de viagem ao exterior.
Para a Polícia Federal, as evidências sugerem o planejamento de ações de monitoramento e possíveis ataques contra autoridades dos Três Poderes.
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