Sexta-feira, 30 de maio de 2025

Faça parte do canal da Metropole no WhatsApp

Home

/

Notícias

/

Brasil

/

PF investiga grupo de militares que planejava matar autoridades como Zanin e Moraes

Brasil

PF investiga grupo de militares que planejava matar autoridades como Zanin e Moraes

Operação revela existência de empresa clandestina com tabela de alvos que chegavam a custar R$ 250 mil e plano para atacar ministros e autoridades

PF investiga grupo de militares que planejava matar autoridades como Zanin e Moraes

Foto: Divulgação/TSE/SCO/STF

Por: Metro1 no dia 28 de maio de 2025 às 16:25

Na sétima fase da Operação Sisamnes, deflagrada nesta quarta-feira (28), a Polícia Federal revelou indícios de que um grupo ligado a militares da reserva criou uma empresa clandestina voltada à espionagem e até mesmo ao assassinato de autoridades do Judiciário e do Congresso Nacional.

A investigação se baseia em documentos apreendidos em 2023 na casa do coronel da reserva do Exército Etevaldo Caçadini. Entre os materiais, a PF encontrou uma tabela com valores para ações de espionagem e possíveis homicídios contra ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), senadores e deputados. Os documentos também descrevem uma estrutura organizacional da empresa, divisão de setores, arsenal e até uso de garotas de programa.

Segundo os investigadores, a empresa operava com fachada de segurança privada, mas prestava serviços ilegais. O grupo se autodenominava informalmente "Comando C4: Caça Comunistas, Corruptos e Criminosos".

A tabela de preços apreendida indicava os seguintes valores, que a PF acredita se referirem a ações de espionagem:

  • Ministros do Judiciário: R$ 250 mil
  • Senadores: R$ 150 mil
  • Deputados: R$ 100 mil
  • “Figuras normais”: R$ 50 mil

Entre os possíveis alvos identificados pela PF estão os ministros do STF Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin, além do ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Os nomes das autoridades aparecem em anotações e diálogos interceptados. Em relação a Pacheco, os documentos fazem menção à expressão “vigilância armada” e a uma data em que ele retornava de viagem ao exterior.

Para a Polícia Federal, as evidências sugerem o planejamento de ações de monitoramento e possíveis ataques contra autoridades dos Três Poderes.