
Brasil
Ex-diretor da PF é preso por envolvimento em esquema bilionário de crimes ambientais e corrupção
Rodrigo de Melo Teixeira é acusado de vínculos ocultos com empresários do setor de mineração

Foto: Divulgação/governo federa
A Polícia Federal prendeu nesta quarta-feira (17) o ex-diretor da própria corporação, Rodrigo de Melo Teixeira, durante uma operação contra uma organização criminosa especializada em crimes ambientais, corrupção e lavagem de dinheiro. Teixeira, natural de Barbacena (MG), ingressou na PF em 1999, foi nomeado diretor da Polícia Administrativa em 2023, no início do governo Lula, e deixou o cargo no fim de 2024. Ele também ocupou cargos estratégicos na segurança pública e ambiental em Minas Gerais e atualmente era Diretor de Administração e Finanças do Serviço de Geologia do Brasil (SGB). As informações são da coluna de Fábio Serapião no Metrópoles.
Segundo as investigações, Teixeira atuava de forma “oculta e ativa” no mercado minerário, utilizando empresas de fachada e articulando com empresários, como Alan Cavalcante do Nascimento, apontado como líder do grupo e dono de uma jazida na Serra do Curral. A PF identificou indícios de vínculos societários ocultos entre Teixeira e os empresários investigados. A organização é acusada de corromper servidores públicos de órgãos estaduais e federais para obter licenças e autorizações ambientais fraudulentas.
A operação cumpriu 22 mandados de prisão e 79 de busca e apreensão, além de afastar diversos servidores públicos da área ambiental. Também foi preso o diretor da Agência Nacional de Mineração (ANM), Caio Mário Trivellato Seabra Filho. A PF estima que o grupo tenha lucrado ao menos R$ 1,5 bilhão com os esquemas, com projetos em andamento que podem ultrapassar R$ 18 bilhões. Os investigados responderão por crimes ambientais, corrupção ativa e passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e obstrução de investigação.
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