
Brasil
Casos de envenenamento criminoso batem recorde no Brasil e crescem 9% em 2025
Ministério da Saúde registrou 560 vítimas e 15 mortes no primeiro semestre; medicamentos e raticidas são os principais agentes tóxicos

Foto: Reprodução/Canva
Os casos de envenenamento criminoso no Brasil seguem em alta e atingiram o maior número da série histórica. De acordo com o Ministério da Saúde, 560 pessoas foram vítimas de envenenamento e 15 morreram apenas no primeiro semestre de 2025, um aumento de 9% em relação ao mesmo período de 2024, quando houve 513 registros.
O caso mais recente e de maior repercussão envolve a universitária Ana Paula Veloso Fernandes, apontada pela polícia de São Paulo como uma possível serial killer. Segundo a investigação, ela teria matado quatro pessoas nos últimos cinco meses, usando um veneno para ratos conhecido como chumbinho.
Os dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) mostram que os medicamentos são os principais agentes usados em envenenamentos, com 300 casos registrados neste ano. Os raticidas aparecem em segundo lugar, com 38 notificações.
Desde 2007, o país contabiliza 11.630 vítimas de envenenamento criminoso e 220 mortes. Embora os casos tenham quase dobrado na última década, o número de óbitos se mantém estável — foram 18 em 2015 e 19 em 2024.
Entre 2015 e 2024, o país registrou média de 28 internações mensais por envenenamento criminoso, segundo a Abramede. A especialista também ressalta a importância da disponibilidade de antídotos nas unidades de saúde e da notificação dos casos ao Sinan para orientar ações preventivas.
O Ministério da Saúde informou que as ações e políticas sobre envenenamento são de responsabilidade do Ministério da Justiça. Em nota, a pasta afirmou que o Sistema de Alerta Rápido (SAR) pode ser acionado para monitorar e alertar sobre aumentos expressivos de casos ou riscos à segurança e à saúde pública.
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