
Brasil
Operação Carbono Oculto expõe elo entre Faria Lima e lavagem de dinheiro no Nordeste, diz secretário
Titular da Segurança Pública do estado, Chico Lucas afirmou ao jornal Globo que ação é "marco histórico" e demonstra "pela primeira vez" ligação do maior centro financeiro do país com fraudes na região

Foto: Wilfredo/pt.wikipedia.org
O secretário de Segurança Pública do Piauí, Chico Lucas, afirmou que a Operação Carbono Oculto 86, deflagrada nesta quarta-feira (5) pela Polícia Civil, revelou pela primeira vez ligações entre o Primeiro Comando da Capital (PCC) e investidores da Faria Lima, principal centro financeiro do país. A informação é do jornal O Globo.
A investigação apura um esquema de lavagem de dinheiro da facção por meio de postos de combustíveis nos estados do Piauí, Maranhão e Tocantins. Segundo a polícia, esses estabelecimentos seriam controlados por empresários locais e operadores financeiros já citados na Operação Carbono Oculto, deflagrada em agosto pela Polícia Federal em São Paulo.
Segundo as investigações, o grupo utilizou empresas de fachada, fundos de investimento e fintechs para fraudar o mercado de combustíveis e movimentar cerca de R$ 5 bilhões. Ao menos quatro empresários e 70 empresas estão entre os alvos da ação policial. Ao todo, 49 postos foram interditados e, segundo a Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI), foram apreendidos imóveis, uma aeronave, veículos de luxo e ativos financeiros.
As investigações foram iniciadas após a venda da rede de postos de combustíveis "HD", um conglomerado com unidades no Piauí, Maranhão e Tocantins, em dezembro de 2023. A compradora foi a empresa Pima Energia e Participações, criada apenas seis dias antes da realização do negócio. A polícia apontou inconsistências patrimoniais, alterações societárias e empresas criadas com endereços na Avenida Paulista (SP).
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