Quinta-feira, 13 de novembro de 2025

Faça parte do canal da Metropole no WhatsApp

Home

/

Notícias

/

Brasil

/

Pedro Bial entrevista Mário Kertész em uma noite de memórias e revelações

Brasil

Pedro Bial entrevista Mário Kertész em uma noite de memórias e revelações

Entrevista já disponível na Globoplay e, em breve, no canal GNT no YouTube

Pedro Bial entrevista Mário Kertész em uma noite de memórias e revelações

Foto: Reprodução/TV Globo

Por: Ismael Encarnação no dia 13 de novembro de 2025 às 07:56

Atualizado: no dia 13 de novembro de 2025 às 10:33

Raro é ver Mário Kertész acanhado. Mas foi assim que ele apareceu diante de Pedro Bial, na entrevista do "Conversa com Bial", que foi ao ar na noite da última quarta-feira (12). A entrevista já está disponível gratuitamente na Globoplay, no Spotify e, logo, estará com cortes disponíveis no canal da GNT no YouTube. No estúdio, o comunicador e ex-prefeito de Salvador falou menos como político e mais como homem que aprendeu a rir e chorar. Uma conversa sobre tempo, poder e memória, com aquela energia que a Bahia leva onde chega.

Ao lado da fotógrafa e editora Arlete Soares, Kertész revisitou décadas de vida pública, de batalhas políticas e afetivas. Ela, com o olhar atento de quem transformou o preto e branco em cor da lembrança; ele, com a voz que moldou parte da história contemporânea de Salvador. Juntos, relembraram o Pelourinho da mocidade, as caminhadas pelas ladeiras e os reencontros que só a Bahia sabe costurar. Cinquenta anos de amizade convertidos em conversa íntima diante das câmeras.

O programa ganhou o tom do novo livro de MK, Riso — Choro (e tudo mais que vem no meio), que mistura humor, dor e crítica sobre o poder e o jornalismo. No diálogo com Bial, ele revisitou o passado de rupturas e coragens, quando, nos anos 1980, ajudou a quebrar o apartheid social de uma cidade partida. Foi o Kertész político, mas também o homem que carrega as cicatrizes de quem ousou enfrentar o próprio sistema.

Arlete trouxe lembranças da Bahia que se estende até a África. Falou das imagens que cruzam oceanos e da necessidade de olhar o povo baiano com a mesma delicadeza com que ela fotografa rostos. Kertész escutou, riu, se emocionou e confessou que, às vezes, é estranho ser personagem da própria história. Em tempos de discursos inflamados e pouca escuta, a conversa entre Bial, MK e Arlete soa como um sopro de sensatez.